quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Gota e Hiperuricemia: como a nutrologia pode auxiliar Por Dr. Frederico Lobo



A gota é uma doença inflamatória e metabólica que cursa com aumento do ácido úrico (AU) no sangue (hiperuricemia) e é resultante da deposição de cristais de monourato de sódio nos tecidos e articulações. 


A hiperuricemia nos homens os níveis estão de AU no sangue estão acima de 7,0 mg/d e nas mulheres: acima de 6,5mg/dL. Mas é importante frisar que nem todo portador de hiperuricemia terá gota, ela pode ser apenas consequência de outras patologias (como por exemplo a obesidade). E nem todo portador de gota tem hiperuricemia (mas a maioria tem rs). 


Na fisiopatologia temos uma hiperprodução de urato, associada a uma diminuição da excreção de AU. Há séculos se propõem restrições alimentares para diminuir os níveis de ácido úrico. As revisões mais atuais mostram que a dieta (restritiva) não é tão eficaz nessa redução e mudanças no estilo de vida são prioritárias. 


A terapia nutrológica objetiva: diminuir a quantidade de Purinas (substâncias que levam a maior produção de AU) para menos de 400mg/dia, e aumentar a excreção (eliminação) do AU. 


Abaixo algumas recomendações baseadas nos estudos mais atuais. 

  1. Perca peso, pois a obesidade leva ao aumento do AU.
  2. Se produz muito, tem que excretar (mandar embora pra fora do corpo), ou seja, a única forma de aumentar a excreção do AU é estimulando a diurese. Portanto beba bastante água ao longo do dia, caso vc tenha alguma doença renal, cardíaca ou hepática a quantidade deverá ser estipulada pelo seu médico, só ele saberá determinar a quantidade correta sem que você faça uma hiperidratação. 
  3. O consumo de frutose em excesso pode levar ao aumento do AU segundo alguns estudos. Mas estudos mais recentes mostram que não há elevação significativa, portanto a frutose natural está liberada. A frutose é o açúcar das frutas e nas quantidades habituais (3-4 porções por dia) não tem problema.
  4. Perda de peso, emagrecimento auxilia a reduzir os níveis de AU.
  5. As carnes por muito tempo foram consideradas vilãs para o AU. Na atualidade não há evidências que consumidas nas porções habituais elas possam elevá-lo. As que mais possuem purinas são: miúdos (fígado, rim, coração, moela). Carne vermelha pode ser consumida diariamente (moderadamente), assim como pescados, frango e porco.O nutrólogo saberá calcular a quantidade correta de proteína que vc deverá ingerir diariamente.
  6. Um estudo Japonês em Maio de 2014 analisou a quantidade de purina em 270 alimentos e a repercussão deles nos níveis séricos de AU. Os vegetais com maior teor de purina deveriam ser consumidos em grande quantidade para gerar uma repercussão nos níveis séricos de AU. Quem consome 100g de alga nori, salsa ou espinafre por exemplo ? O consumo de legumes é liberado assim como de cereais integrais e vegetais, oleaginosas, ovos e lácteos,
  7. O álcool é sabidamente um elevador do AU e pode desencadear crises de gota. Portanto está liberado no máximo 1 dose/dia e apenas nos finas de semana (1 dose de álcool = 250 ml de cerveja, 125 ml de vinho ou 80 mL de destilados)
  8. Emagreça, pois a obesidade leva ao aumento de AU. Mas evite dietas restritivas, jejum prolongado e perda de mais de 1kg por semana. Isso pode favorecer a diminuição da excreção do AU. Pratique atividade física diariamente e cuide da sua musculatura. 
  9. Controle seus níveis de triglicérides e proteína C reativa.
  10. Dê preferência por cereais integrais (arroz integral, macarrão integral, pão integral).
  11. Alguns estudos mostram que alguns alimentos e nutrientes podem aumentar a excreção do ácido úrico. São eles: Café, cerejas (não é Cerveja), leite e seus derivados, além da Vitamina C (limão, acerola, caju, laranja). Consuma-os regularmente.
  12. Perder peso: o mais importante ! Gravou ?

Referências:
  1. VALDIVIELSO, JLA; LARIO, BA. Revision: Hiperuricemia y gota: el papel de la dieta. Nutr Hosp. 29(4):760-770, 2014. 
  2. YAMAOKA, N; et al. Review: Total Purine and Purine Base Content of Common Foodstuffs for Facilitating Nutritional Therapy for Gout and Hyperuricemia. Biol Pharm Bull. 37(5): 709–721, 2014.
  3. CAMPBELL, H; et al. The Association of Dietary Intake of Purine-Rich Vegetables, Sugar-Sweetened Beverages and Dairy with Plasma Urate, in a Cross-Sectional Study. PLoS One. 7(6): e38123, 2012.
  4. SUI, X; et al. Uric acid and the development of metabolic syndrome in women and men. Metabolism. 57:845–852, 2008.
  5. UK Gout Society website. 15 http://www.ukgoutsociety.org/docs/2009FinalDietsheet.pdf. 
  6. CHOI, HK; CURHAN, G. Soft drinks, fructose consumption, and the risk of gout in men: prospective cohort study. Bmj.336:309–312, 2008.
  7. CHOI, HK; CURHAN, G. Fructose-rich beverages and risk of gout in women. Jama. 304:2270–2278, 2010.
  8. EP, O; MORETO, F; SILVEIRA, LV. Dietary, anthropometric, and biochemical determinants of uric acid in free-living adults. Nutr J. 12:11, 2013.
  9. CHOI, HK. A prescription for lifestyle change in patients with hyperuricemia and gout. Curr Opin Rheumatol. 22(2):165-72, 2010.
  10. TORRALBA, K; et al. The interplay between diet, urate transporters and the risk for gout and hyperuricemia: current and future directions. Inter J  Rheumatic Diseases, 15: 499–506, 2012.
  11. CARMO, I; et al. Estratégias para Intervenção Nutricional na Hiperuricémia e Gota. Rev Nutricias. 19: 28-31, APN, 2014

Alergia alimentar x Intolerância alimentar por Dr. Frederico Lobo

Estou cansado de ver pacientes e muitas vezes até profissionais da saúde confundindo intolerância e alergia.

Alergia e intolerância alimentar não são a mesma coisa.

A alergia é uma reação que envolve o sistema imunológico, o qual produz anticorpos contra um determinado tipo de proteína. Nesse caso o sistema imune desencadeia uma resposta por achar que aquela proteína é estranha ou prejudicial ao nosso organismo. Ex: Alergia às proteínas do leite de vaca.

Já a intolerância alimentar consiste na dificuldade em se digerir algo por deficiência enzimática. Ex. Intolerância à lactose, o açúcar do leite. A deficiência parcial ou total da enzima lactase (que quebra a lactose) é a causa base da intolerância à lactose. Estudo epidemiológico no Brasil mostrou que até 87% da população tem algum grau de intolerância à lactose. Mas os sintomas variam dependendo do grau de deficiência da lactase, do tipo de lácteo ingerido (leite gera mais sintomas, iogurte menos), da quantidade ingerida e da microbiota intestinal.

Diagnóstico de ambas as doenças é um diagnóstico MÉDICO. Se você tem suspeita de alguma das patologias deve procurar um médico para confirmação diagnóstica (Nutrólogo, gastroenterologista, alergista, pediatra) e posteriormente consultar com um NUTRICIONISTA para fazer os ajustes na dieta.

Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico clinico geral. www.ecologiamedica.net

Leite, faz bem ou faz mal ? Por Dr. Frederico Lobo e Mateus Severo


No dia 28 de outubro de 2014, foi publicado na revista médica #BMJ um estudo sueco com resultado no mínimo muito interessante.

Durante um período mediano de 13 anos, foram acompanhados cerca de 45 mil homens, e durante um período mediano de 22 anos, foram acompanhadas cerca de 61 mil mulheres. Através de recordatórios alimentares, os pesquisadores puderam estimar o consumo diário de #leite e de outros derivados lácteos. Os dados foram ajustados para diversas variáveis como idade, fumo, composição corporal e atividade física.

Os pesquisadores verificaram que beber 3 ou mais copos de leite (desnatado ou integral) por dia quando comparado a beber menos de 1 copo aumenta o risco de #morte em 93% em mulheres e 10% em homens!

Além disso, as mulheres que mais consumiram leite tiveram aumento no risco de fraturas de quadril e em qualquer #osso.

QUANDO iogurte e queijos foram avaliados, o risco aumentado de morte e fraturas NÃO SE CONFIRMOU. Segundo os pesquisadores, um possível culpado seria a D-galactose, que, em estudos com animais, foi associada a envelhecimento precoce.

Contudo, antes que você queira tirar o leite da alimentação, o desenho do estudo sugere, mas não é capaz de confirmar com certeza absoluta que o leite faz mal.

Os próprios pesquisadores sugerem que mais estudos sejam feitos para confirmação dos dados. No nosso meio, onde são comuns as fraudes no leite, não custa, por via das dúvidas, aumentar o consumo de queijos brancos e iogurtes magros. Garantem-se assim os benefícios do cálcio para a saúde óssea e dos probióticos para a saúde intestinal.

via @drmateusendocrino

Artigo: KARL, M et al. Milk intake and risk of mortality and fractures in women and men: cohort studies, BMJ, 2014; 349:g6015.

Link para o artigo: http://www.bmj.com/content/349/bmj.g6015

Dicas do Dr. Frederico Lobo

Dica 1: NÃO RETIRE LATICÍNIOS da sua dieta se vc não tem alergia à proteína do leite de vaca.

Dica 2: Se você tem intolerância à lactose há no mercado a enzima (lactase) para ser utilizada quando for consumir. Médicos  podem prescrever. Há também no mercado inúmeros produtos sem lactose. Lembrando que queijos, iogurtes e coalhadas possuem pouca lactose e tendem a causar menos sintomas gastrintestinais.

Dica 3: Oriento meus pacientes a utilizarem 3 vezes por semana coalhada antes de deitar, já que ela fornece múltiplas cepas de probióticos vivos e não-estéreis. Auxiliando na saúde intestinal.

Dá para ganhar massa apenas com alimentação ?


Muita gente me pergunta se não precisa suplementar proteína para ganhar massa muscular. Afirmo categoricamente que só usa suplemento, quem não consegue atingir as necessidades diárias de proteína.

Praticantes de atividade física necessitam de um aporte protéico maior e por isso todo o cuidado com a alimentação deve ser redobrado. Quando o cardápio é elaborado baseado no tipo de atividade física que o paciente está realizando, muitas vezes a quantidade de proteína deve ser maior, ultrapassando as 0,8g/kg/dia, podendo chegar até 4g/kg/dia dependendo do tempo de treinamento e tipo.

Os estudos mais recentes deixam claro que acima de 20g de proteína por refeição, nosso organismo não utiliza essa proteína. Portanto é importante ter em mente que a carga total de proteína deve ser distribuída ao longo do dia, ou seja, em todas as refeições. E isso não é impossível.


Pra quem será indicada a suplementação de proteína (tipo Whey, Albumina, Caseína, Proteína do arroz, Proteína da ervilha, Proteína hidrolisada da carne) ? Para aqueles que não atingem as recomendações diárias. 

Então, Dr. Frederico, vc está me falando que eu, um ser que pratico atividade física de moderada intensidade 3x/semana não preciso suplementar? Sim, é desnecessária desde que seu cardápio seja nutricionalmente equilibrada e vc o CUMPRA rs. 

att

Dr. Frederico Lobo



Whey é essencial ? Por Dr. Bruno Fischer

Esse papo de que whey protein é fundamental para bons resultados e ganho de massa muscular já está mais que batido.

O whey (proteína do soro do leite) nada mais é do que uma boa fonte de proteínas, assim como todas da foto acima e as que estou descrevendo abaixo. Uma proteína para ser considerada boa precisa ter um elevado valor biológico (papo técnico), ou seja precisa ser bem absorvida pelo corpo e ter todos os aminoácidos essenciais (geralmente proteínas vegetais não tem).

O nutricionista @cleydsonsobral mostrou em seu IG que o whey é apenas mais uma opção dentre as várias existentes, e que serve apenas como substituto de uma alimentação protéica sólida. Ou seja, quem consome os COMIDA de maneira adequada não precisa utilizar whey protein. P

ara complementar as informações do @cleydsonsobral fiz um comparativo de diversas fontes tentando aproximar a quantidade de proteínas (entre 20-25g) e mostrando o quanto cada alimento tem de gorduras, e o melhor: O PREÇO

1) Peito de frango (100g*) - 21,5g de proteínas / 3g de gorduras / Custo: R$ 1,03 -
2) Ovo Inteiro (3 unidades) - 21,6g de proteínas / 18g de gorduras / Custo: R$ 1,04 -
3) Filé de Merluza (130g) - 20g de proteínas / 1,7g de gorduras / Custo: R$ 1,93 -
4) Patinho (100g*) - 22g de proteínas / 4,5g de gorduras / Custo: R$ 1,99 -
5) Clara de ovo pasteurizada (200 ml) - 20g de proteínas / 0g de gorduras / Custo: R$ 2,00 -
6) Clara de ovo (6 unidades) - 20g de proteínas / 0g de gorduras / Custo: R$ 2,08 -
7) Peito de frango Orgânico (100g*) - 21,5g de proteínas / 3g de gorduras / Custo: R$ 2,13 -
8) Filé de Tilápia (100g) - 20g de proteínas / 1,7g de gorduras / Custo: R$ 3,29 -
9) Whey protein nacional (31g) - 23g de proteínas / 1,8g de gorduras / Custo: R$ 4,22 -
10) Whey protein importado (32g) - 24g de proteínas / 1,5g de gorduras / Custo: R$ 7,25.

Todas as fontes acima apresentam 25g de proteína de excelente valor biológico.



Eu prefiro comer comida do que ingerir um pó… esse me serve apenas para as situações de emergência! E você, vai continuar achando que whey faz milagre?

Afinal, carne faz bem ou faz mal?


Um estudo recente publicado na revista Cell Metabolism associa o alto consumo de proteína animal (carne, leite e queijo) ao risco de morte por câncer. Esse risco seria comparável ao prejuízo do tabagismo à saúde.

O estudo observacional acompanhou aproximadamente 6.500 pessoas por 18 anos. Os malefícios da proteína em excesso só valeriam para quem tem entre 50 e 65 anos, para os mais velhos teria efeito protetor. A explicação estaria no hormônio do crescimento IGF-1, que tem sido relacionado à morte por câncer. Vieses da pesquisa:

1) Ela não detalha os cruzamentos da quantidade de proteína consumida pelos entrevistados com os demais componentes da dieta. Na atualidade já foram identificados 24 mil micronutrientes presentes em vegetais que teriam um efeito protetor contra o câncer. Uma alimentação balanceada poderia neutralizar as substâncias cancerígenas.

2) Não discrimina se a proteína ingerida veio de carne vermelha, peixe, frango ou mesmo queijo e leite.

3) Ainda, a diferença entre os hábitos alimentares dos americanos e dos brasileiros deve ser considerada.

4) Questão metodológica: por se tratar de um estudo observacional, ele não permitiria chegar a conclusões de causa, nem a números absolutos.

Minhas observações:

1) A proteína presente na carne é composta por aminoácidos. Em nosso corpo, os aminoácidos podem ser metabolizados para aminas biogênicas. Na presença de nitritos, (usados para conservar a carne, se não for carne fresca), essas aminas geram nitrosaminas, substâncias cancerígenas. O ferro presente na carne é capaz de aumentar ainda mais a taxa de formação de nitrosaminas a partir da amina da carne. Já a Vitamina C presente nos vegetais diminui a formação dela, assim como outros micronutrientes. A formação de nitrosaminas ocorre predominantemente no estômago e intestino, e a relação com o câncer de estômago já está bem elucidada.

2) Os malefícios da carne vermelha e do frango estão muito mais ligados ao modo de preparo. Um estudo da Universidade de Illinois (EUA) descobriu que métodos de preparo que criam uma crosta (bordas crocantes de carnes preparadas a altas temperaturas) produzem proteínas chamadas “produtos de glicação avançada” (AGE); vale lembrar que as crostas de carboidratos também formam acrilamida (também é produzida pela Reação de Maillard) que levam à formação de AGEs. Esses AGEs por sua vez favorecem um estado pró-inflamatório no corpo, favorecendo doenças que possuem na sua fisiopatologia um processo inflamatório. Além disso, esse “tostadinho” da carne e dos carboidratos, leva a formação de aminas heterocíclicas (AH), hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) e acrilamida. A formação das AH ocorre pela pirólise de certos aminoácidos, entre os quais triptofano, lisina, ácido glutâmico e fenilalanina, ou pela reação entre creatina e os AGES. Atualmente vem sendo analisada a correlação entre a ingestão de AH e a incidência de câncer de mama, cólon e próstata. Em animais, as AH provocam neoplasias malignas em glândulas mamárias, próstata, pulmão, cólon, pele, pâncreas, bexiga e fígado. Já os HPA são gerados principalmente em processos de combustão e pirólise de matérias orgânicas (nesse caso a carne), constituindo um grupo considerado altamente carcinogênico ou genotóxico. Durante o processo de assar a carne na brasa, a gordura é pirolisada pela ação da chama direta na carne, assim como pelo calor do carvão, gerando os HAP cancerígenos.

3) Métodos mais tradicionais de se fazer carne, como carne refogada ou ensopada, não carregam esse risco.

4) O estudo fala de consumo excessivo de proteína animal. Bem, quem tem consumo excessivo de qualquer grupo alimentar que seja, provavelmente não segue uma dieta equilibrada e supervisionada por nutricionista. Existe um grande viés. Pode ser que estes que consomem em excesso, também tenham hábitos de vida não-salutares: sedentarismo, tabagismo, etilismo não-social, baixo consumo de vegetais, carboidratos refinados, gordura trans. Já aqueles que retiram proteína animal da dieta, geralmente possuem hábitos de vida mais salutares. E como foi um estudo observacional esses vieses não foram analisados.

5) A associação de que carne causaria câncer começou na década de 70 com o Dr. Ernest Wynder. Ele alegava que existia uma relação direta (conexão causal) entre o consumo de gordura animal e incidência de câncer de cólon. Se alguém examinar detalhadamente o estudo, perceberá que ele se referia à carne processada (embutidos) e não à carne natural.

6) Alguns dos povos mais longevos do planeta têm como base da dieta, carnes. Não a carne industrializada, processada, mas sim a carne de gados e aves não-confinados. A composição nutricional dessa carne é diferente.

Fontes:

1) LEVINE, M, et al. Low Protein Intake Is Associated with a Major Reduction in IGF-1, Cancer, and Overall Mortality in the 65 and Younger but Not Older Population . Cell Metabolism. Vol. 19, N. 03, p.p 407-417, Março/2014.
Disponível em: http://www.cell.com/cell-metabolism/fulltext/S1550-4131(14)00062-X

2) MARQUES, Anne y Castro; VALENTE, Tessa Bitencourt and ROSA, Cláudia Severo da. Formação de toxinas durante o processamento de alimentos e as possíveis conseqüências para o organismo humano. Rev. Nutr. Vol. 22, N. 02 pp. 283-293, 2009.

Causas alimentares, químicas e ambientais que aumentam a doença depressiva nos dias de hoje


É inegável o aumento moderno do número de casos de transtornos afetivos. Todos incriminam o estresse da vida moderna como o grande vilão. Tudo bem, mas há outros fatores, igualmente poderosos, e que, por motivos econômicos, não são divulgados.

O que acontece é que a depressão é causada, grosseiramente simplificado, por problemas com algumas substâncias químicas cerebrais conhecidas como neurotransmissores. Estes neurotransmissores são formados a partir do que recebemos do ambiente, por exemplo,  alimentação, influências físicas, etc. E isto está tudo desvirtuado nos dias de hoje. Hoje em dia, consumimos coisas que há 100 ou 500 anos atrás, nunca consumíamos, e, pelo contrário, não consumimos coisas que há pouco tempo consumíamos. Tudo isto leva à enormes distorções em nossa neuroquímica cerebral, como se segue:

1 Consumimos muito pouco ácido fólico (frutas, verduras), que é uma substância essencial para os neurotransmissores.

2 Consumimos muitas substâncias que prejudicam o funcionamento dos neurotransmissores, por exemplo :

2.a. Todo tipo de óleo. O homem antigo não consumia óleos armazenados (p.ex., litros e mais litros de óleos de soja), óleos animais conservados (p.ex., manteiga de leite, creme de leite, leite gordo), óleos saturados, hidrogenados, gordura trans, frituras, etc. O óleo de nossa alimentação, enquanto “homem antigo”, “homem natural”,  só vinha das próprias plantas (o próprio feijão em o seu óleo, o próprio arroz tem o seu óleo), ou, sobretudo, dos animais (as próprias carnes têm os seus óleos). Hoje já  estamos consumindo  um excesso, e todo tipo de gordura “não-natural”, gorduras que o homem antigo não consumia, e tudo isto prejudica enormemente o funcionamento dos neurotransmissores. Em alguns casos, estes neurotransmissores são aumentados abruptamente, causando até certo “bem-estar”, mas, quando caem, também abruptamente, depletam os estoques de neurotransmissores, gerando ou piorando estados de angústia, ansiedade, depressão.

3 Há várias substâncias químicas que ingerimos no dia a dia, sem o saber, e que são psicoativas, ou seja, agem no cérebro, para o lado ruim. Por exemplo, você sabia que, todos os dias você ingere quantidades consideráveis de: ccilamato, sacarina, sorbitol, acessulfame, aspartame, etc? (na pasta de dentes, numa simples gelatina, etc). Todas estas substâncias têm efeito cerebral, psiquiátrico,  geralmente deletério. Igualmente, muitos condimentos, que contem a capsaicína, encontrada nas pimentas. A tiramina, também encontrada em conservas,  enlatados, vinhos, queijos, frutas cristalizadas, frutas muito amadurecidas, também pode ter efeito deletério sobre a ansiedade e depressão, nestes casos podendo  também produzir enxaqueca (repito, pessoas que não têm a predisposição, consomem isto tudo normalmente).

Substâncias  excitantes são igualmente deletérias, mas a indústria não cansa de exaltá-las , pois isto dá dinheiro. Por exemplo, o efeito excitante do álcool, café, guaraná, chocolate, chá preto,  coca-cola, energéticos, etc, é cantado em prosa e verso. E muitos caem no engodo, pois a curto prazo, a pessoa sente mais energia, força, prazer, humor. No entanto, quando passa o efeito, ou a médio e longo prazo, os prejuízos psiquiátricos são claros, como vejo todos os dias na prática diária. Há pessoas sem problema com depressãoansiedade que podem até sentir-se bem; no entanto, aqueles com estes problemas psiquiátricos podem ter seus problemas majorados ou até desengatilhados por estas substâncias. Isto sem falar na nicotina, cujos prejuízos não é preciso nem ressaltar.

4 Por outro lado, deixamos também de ingerir substâncias muito necessárias para a formação dos tais neurotransmissores, como por exemplo, o triptofano (pode ser consumido como leite desnatado),  o magnésio (pode ser consumido como ervilha), vitaminas do Complexo B (sobretudo frutas e verduras). Deixamos também de consumir os “bons carbohidratos”, que são os das frutas, verduras, mel - frutose, etc, e passamos a consumir só os “maus carbohidratos” (carbohidratos mais “artificiais”, ou seja, não consumidos pelo homem antigo),  p.ex, massas, trigo, arroz, açúcar- sacarose, etc.

5 Sobretudo no interior do país, foi-se deixando de consumir um produto essencial para gerar “bons ácidos graxos”, os peixes. A gordura destes , p.ex., ômega 3,  é muito salutar e importante também para a formação dos neurotransmissores e funcionamento cerebral. Em Goiás mesmo, o consumo de peixes é pífio. Por outro lado, o consumo exagerado de carnes vermelhas, carnes congeladas, carnes muito gordurosas, carnes carbonizadas, ou seja, ricos em radicais livres, oxidantes.

6 Outros elementos fundamentais para a formação de neurotransmissores são o exercício físico e a luz solar, hábitos também muito deixados de lado. Obesidade e a consequente apneia de sono são elementos que pioram ou cronificam a depressão.

7 Monóxido de carbono, chumbo, mercúrio, substâncias emitidas por poluição, escapamento de carros,  sobretudo o primeiro, estão, também entre as mais deletérias do ponto de vista psiquiátrico, podendo levar, em alguns casos , da depressão até a demência. E hoje, com o aumento enorme do uso de carros, vivemos cada vez mais expostos a estas substâncias.

Em minha experiência como psiquiatra, há muitos pacientes que não obtinham melhoras substanciais apenas com medicação, e que vieram melhorar mais com correção de dieta e hábitos, nesses sentidos apontados acima. Há casos em que consegui controle da depressão e ansiedade crônicas apenas com o controle alimentar, ambiental, físico, hábitos. É mais difícil do que tomar uma pílula, mas muito mais salutar e muito mais mantido, sustentável,  a longo prazo.

(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra)

Fonte: http://www.dm.com.br/texto/92871-causas-alimentares-quamicas-e-ambientais-que-aumentam-a-doenaa-depressiva-nos-dias-de-hoje

Serotonina x alimentação


A serotonina é produzida a partir de um aminoácido chamado L-triptofano. Para a sua produção é preciso ainda a presença de algumas vitaminas e minerais que agem como co-fatores: B6, B12, ácido fólico, magnésio. Logo uma boa opção para a produção de serotonina seria o consumo de alimentos ricos em l-triptofano. Porém não pense que tratará depressão apenas aumentando o consumo de alimentos ricos em triptofano.

O diagnóstico de depressão deve ser dado por um médico (em especial psiquiatras) e apenas ele poderá detectar o provável neurotransmissor envolvido na depressão. Também tenha cuidado com o consumo excessivo de fontes de triptofano se estiver utilizando medicações psiquiatras.

Abaixo uma tabela que mostra a quantidade presente de triptofano em 100g de determinados alimentos


10 mg Soja, farinha com baixo teor de gordura
9 mg Queijo Parmesão
8.2 mg Leite Vaca em pó magro
7.6 mg Pato sem pele assado com margarina
7.4 mg Queijo Ilha
7.2 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra cozida
7.2 mg Queijo "Emmental"
7.2 mg Leite Vaca em pó meio gordo
7 mg Queijo Flamengo 30% gordura
6.9 mg Porco Lombo assado, sem molho
6.9 mg Lula grelhada
6.8 mg Frango Peito sem pele estufado, sem molho
6.8 mg Vaca para Cozer ou Estufar meio gorda, estufada, sem molho
6.7 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra estufada, sem molho
6.7 mg Fermento seco de padeiro
6.6 mg Porco Perna magra assada, sem molho
6.4 mg Frango Peito com pele estufado, sem molho
6.4 mg Frango Peito sem pele cozido
6.4 mg Perdiz estufada com margarina
6.3 mg Leite Vaca em pó gordo
6.2 mg Frango Inteiro sem pele estufado, sem molho
6.2 mg Paio de lombo
6.2 mg Vaca Lombo magro assado, sem molho
6.2 mg Pinhão, miolo
6.2 mg Queijo Évora
6.2 mg Porco Lombo grelhado
6.1 mg Frango, Perna sem pele estufada, sem molho
6.1 mg Frango Inteiro sem pele cozido
6.1 mg Porco Perna magra estufada, sem molho
6.1 mg Queijo Flamengo 45% gordura
6.1 mg Vaca Bife (valor médio de acém, alcatra e lombo) frito, sem molho
6.1 mg Porco Lombo frito com manteiga
6.1 mg Porco Lombo frito com margarina
6.1 mg Codorniz com pele grelhada
6 mg Frango Peito com pele cozido
6 mg Frango Inteiro sem pele grelhado
6 mg Queijo Serra curado
6 mg Perdiz crua
6 mg Porco Lombo assado com óleo alimentar e margarina
6 mg Fígado de vitela, grelhado
6 mg Porco Lombo assado com azeite e margarina
6 mg Porco Lombo assado com margarina
5.9 mg Porco Perna magra grelhada
5.9 mg Frango, Perna sem pele cozida
5.9 mg Hamburger de porco, grelhado
5.9 mg Hamburger de porco, frito, sem molho
5.9 mg Porco Perna gorda assada, sem molho
5.8 mg Porco Costeleta meio gorda grelhada
5.8 mg Codorniz carne sem pele crua
5.8 mg Hamburger de vaca, grelhado
5.8 mg Pato sem pele estufado com margarina
5.8 mg Cabrito Costeleta grelhada
5.7 mg Porco Entrecosto estufado, sem molho
5.7 mg Porco Entrecosto cozido
5.7 mg Vaca para Assar assada, sem molho
5.7 mg Porco Costeleta meio gorda estufada, sem molho
5.7 mg Porco Entrecosto grelhado
5.6 mg Vaca Bife (valor médio de acém, alcatra e lombo) grelhado
5.6 mg Porco Lombo panado
5.6 mg Codorniz com pele estufada com azeite
5.6 mg Fígado de porco, grelhado
5.6 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado grelhado
5.5 mg Amendoim, miolo, torrado sem sal
5.5 mg Vaca Lombo magro assado com azeite e margarina
5.5 mg Vaca Lombo magro assado com azeite, manteiga e óleo alimentar
5.5 mg Vitela Lombo frito, sem molho
5.5 mg Vaca Lombo magro assado com óleo alimentar e margarina
5.5 mg Vitela Peito magro estufado, sem molho
5.5 mg Fígado de vaca, frito, sem molho
5.5 mg Vitela Costeleta frita, sem molho
5.5 mg Vaca Lombo magro assado com margarina
5.5 mg Choco grelhado
5.5 mg Amendoim, miolo
5.5 mg Frango (1/4 de Frango) Peito e asa com pele estufado, sem molho
5.4 mg Vitela Costeleta grelhada
5.4 mg Fígado, Paté caseiro de aves
5.4 mg Porco Perna magra assada com azeite e margarina
5.4 mg Porco Perna magra assada com óleo alimentar e margarina
5.4 mg Fígado de vitela, frito, sem molho
5.4 mg Porco Perna gorda grelhada
5.4 mg Fígado de porco, frito, sem molho
5.4 mg Porco Perna magra assada com margarina
5.4 mg Frango (1/4 de Frango) Peito e asa com pele grelhado
5.4 mg Frango Inteiro com pele estufado, sem molho
5.4 mg Vitela Lombo assado, sem molho
5.3 mg Presunto
5.3 mg Atum fresco grelhado
5.3 mg Vitela Lombo grelhado
5.3 mg Cabrito Peito estufado, sem molho
5.3 mg Vitela Peito magro cozido
5.3 mg Queijo Fundido 40% gordura
5.3 mg Peru Peito sem pele assado com margarina
5.2 mg Porco Costeleta gorda grelhada
5.2 mg Amendoim, miolo, torrado com sal
5.2 mg Soja grão seco cru
5.2 mg Chouriço de carne de porco, gordo, cru
5.2 mg Queijo "Roquefort"
5.2 mg Queijo Alverca curado
5.2 mg Frango Inteiro com pele assado, sem molho
5.2 mg Carneiro Pá estufada, sem molho
5.2 mg Frango Inteiro com pele grelhado
5.2 mg Carneiro Pá cozida
5.2 mg Codorniz com pele crua
5.1 mg Vaca Bife (valor médio de acém, alcatra e lombo) frito com manteiga
5.1 mg Polvo cozido sem sal
5.1 mg Frango (1/4 de Frango) Peito e asa com pele cozido
5.1 mg Garoupa grelhada
5.1 mg Peru Peito sem pele panado
5.1 mg Cabrito Costeleta crua
5 mg Coração de vaca, cozido
5 mg Vaca para Assar assada com azeite e margarina
5 mg Vaca para Assar assada com óleo alimentar e margarina
5 mg Vitela Costeleta frita com margarina
5 mg Vitela Lombo frito com margarina
5 mg Vaca para Assar assada com margarina
5 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele estufada, sem molho
5 mg Rim de porco, frito com margarina
5 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele assada, sem molho
5 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele grelhada
5 mg Amêijoa aberta ao natural sem sal
5 mg Coelho estufado com margarina
4.9 mg Borrego, Costeleta ou Perna cozida
4.9 mg Paio de lombo entremeado
4.9 mg Frango Inteiro com pele cozido
4.9 mg Cabrito Peito grelhado
4.9 mg Coelho estufado com azeite
4.9 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado cozido
4.9 mg Queijo Azeitão
4.9 mg Sardinha meio gorda conserva em azeite (escorrido)
4.9 mg Chicharro grelhado
4.9 mg Carapau grelhado
4.9 mg Castanha de caju torrada e salgada
4.9 mg Fígado de porco, frito com margarina e banha
4.9 mg Queijo Serra fresco
4.9 mg Carneiro Perna gorda estufada, sem molho
4.8 mg Rim de carneiro, frito com margarina
4.8 mg Vitela Peito magro estufado com azeite e margarina
4.8 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele cozida
4.8 mg Vitela Peito magro estufado com margarina e óleo alimentar
4.8 mg Fígado de vitela, frito com banha e manteiga
4.8 mg Fígado de vitela, cru
4.8 mg Vitela Peito magro estufado com azeite, margarina e óleo alimentar
4.8 mg Carneiro Perna magra estufada, sem molho
4.8 mg Porco Costeleta meio gorda panada
4.8 mg Borrego, Costeleta ou Perna grelhada
4.8 mg Cavalo Lombo ou Pá assada, sem molho
4.8 mg Camarão cozido
4.8 mg Sardinha meio gorda grelhada
4.8 mg Vitela Lombo assado com margarina e óleo alimentar
4.8 mg Borrego, Costeleta ou Perna estufada, sem molho
4.8 mg Feijão frade (feijão miúdo) cru
4.8 mg Vitela Lombo assado com azeite e margarina
4.8 mg Cavalo Alcatra frita, sem molho
4.8 mg Vitela Lombo assado com azeite, margarina e óleo alimentar
4.7 mg Carneiro Pá assada, sem molho
4.7 mg Porco Perna magra estufada com margarina
4.7 mg Porco Perna magra estufada com azeite e margarina
4.7 mg Porco Perna magra estufada com azeite e banha
4.7 mg Porco Perna magra crua
4.7 mg Porco Perna gorda assada com margarina
4.7 mg Sardinha gorda grelhada
4.7 mg Porco Lombo cru
4.7 mg Porco Perna magra estufada com óleo alimentar e banha
4.7 mg Porco Perna gorda assada com óleo alimentar e margarina
4.7 mg Porco Perna gorda assada com azeite e margarina
4.7 mg Ovo (de galinha) gema crua
4.6 mg Atum fresco cru
4.6 mg Carneiro Costeleta ou Perna magra frita com margarina, sem molho
4.6 mg Linguiça
4.6 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra estufada com margarina
4.6 mg Borrego, Costeleta ou Perna frita com margarina, sem molho
4.6 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra estufada com azeite e margarina
4.6 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra crua
4.5 mg Cavala filetes, conserva em azeite
4.5 mg Cherne grelhado
4.5 mg Vaca para Cozer ou Estufar meio gorda crua
4.5 mg Frango Peito sem pele cru
4.5 mg Borrego, Costeleta ou Perna assada, sem molho
4.5 mg Vaca para Cozer ou Estufar meio gorda, estufada com margarina
4.5 mg Queijo "Camembert" Nacional
4.5 mg Atum conserva em óleo
4.5 mg Vaca para Cozer ou Estufar meio gorda, estufada com azeite e margarina
4.5 mg Carneiro Perna magra assada, sem molho
4.5 mg Frango Peito com pele cru
4.5 mg Vaca para Cozer ou Estufar meio gorda, estufada com óleo alimentar e margarina
4.5 mg Peru Perna com pele assada com margarina
4.5 mg Cabrito Perna assada, sem molho
4.5 mg Carneiro Perna gorda assada, sem molho
4.5 mg Fígado de vaca, cru
4.5 mg Berbigão aberto ao natural sem sal
4.5 mg Peixe-espada-preto frito
4.5 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra estufada com óleo alimentar e margarina
4.5 mg Carapau frito
4.5 mg Sardinha meio gorda conserva em azeite
4.5 mg Fígado de porco, cru
4.5 mg Vaca Lombo magro cru
4.5 mg Vaca Bife (valor médio de acém, alcatra e lombo) cru
4.4 mg Peru Peito sem pele cru
4.4 mg Carneiro Pá assada com margarina
4.4 mg Carneiro Pá assada com azeite e margarina
4.4 mg Cabrito Peito cru
4.4 mg Porco Entrecosto estufado com azeite e banha
4.4 mg Coração de porco, estufado com banha e margarina
4.4 mg Porco Costeleta meio gorda estufada com azeite e banha
4.4 mg Porco Costeleta meio gorda estufada com azeite e margarina
4.4 mg Porco Costeleta meio gorda estufada com margarina
4.4 mg Porco Entrecosto estufado com óleo alimentar e banha
4.4 mg Porco Costeleta meio gorda estufada com óleo alimentar e banha
4.4 mg Salmão grelhado
4.4 mg Porco Entrecosto estufado com margarina
4.4 mg Porco Entrecosto estufado com azeite e margarina
4.4 mg Salpicão
4.3 mg Cabrito Peito estufado com azeite e óleo alimentar
4.3 mg Imperador grelhado
4.3 mg Linguado frito
4.3 mg Cação frito
4.3 mg Cabrito Peito estufado com manteiga e óleo alimentar
4.3 mg Borrego, Costeleta ou Perna assada com azeite e margarina
4.3 mg Linguado grelhado
4.3 mg Peru Peito com pele cru
4.3 mg Peru Peito com pele estufado com margarina
4.3 mg Borrego, Costeleta ou Perna assada com margarina
4.3 mg Cabrito Peito estufado com azeite e margarina
4.3 mg Robalo grelhado
4.3 mg Sardinha gorda frita
4.3 mg Hamburger de vaca, cru
4.3 mg Cavalo Alcatra frita com manteiga
4.3 mg Cabrito Peito estufado com margarina e óleo alimentar
4.3 mg Cavalo Lombo ou Pá assada com azeite e manteiga
4.3 mg Frango Inteiro sem pele cru
4.3 mg Cavalo Alcatra frita com margarina
4.3 mg Carneiro Perna magra assada com margarina
4.3 mg Cavalo Lombo ou Pá assada com margarina
4.3 mg Carneiro Perna magra assada com azeite e margarina
4.3 mg Pescada da África do Sul frita
4.3 mg Carneiro Peito gordo cozido
4.3 mg Camarão cozido sem sal
4.3 mg Vitela Costeleta crua
4.2 mg Chicharro cozido
4.2 mg Língua de vaca, estufada, sem molho
4.2 mg Vitela Lombo cru
4.2 mg Dourada grelhada
4.2 mg Goraz grelhado
4.2 mg Vitela Peito magro cru
4.2 mg Porco Entrecosto cru
4.2 mg Porco Costeleta meio gorda crua
4.2 mg Atum fresco, bife cozinhado com azeite e com vinho
4.2 mg Sarda grelhada
4.2 mg Pato sem pele cru
4.2 mg Peixe-espada-branco frito
4.1 mg Sardinha meio gorda conserva em água, sem espinha e sem pele
4.1 mg Favas secas cruas
4.1 mg Pescada (valor médio)* frita
4.1 mg Pescada Europeia frita
4.1 mg Solha grelhada
4.1 mg Vaca para Assar crua
4.1 mg Almôndega cozinhada
4.1 mg Frango Peito com pele estufado com margarina
4.1 mg Cabrito Perna crua
4.1 mg Frango, Perna sem pele crua
4.1 mg Frango Peito com pele estufado com azeite e margarina
4.1 mg Cavalo Lombo ou Pá frita com margarina
4.1 mg Cavalo Lombo ou Pá frita com manteiga
4 mg Frango Peito sem pele estufado com margarina
4 mg Frango Inteiro sem pele estufado com margarina
4 mg Pistácio torrado e salgado
4 mg Cabrito Perna assada com azeite e margarina
4 mg Espadarte grelhado
4 mg Cabrito Perna assada com óleo alimentar e margarina
4 mg Frango Peito sem pele estufado com azeite e margarina
4 mg Lagostim cozido
4 mg Frango Inteiro sem pele estufado com azeite e margarina
4 mg Choco cru
4 mg Pato com pele assado, sem molho
4 mg Tamboril grelhado
4 mg Truta arco-íris grelhada
3.9 mg Coração de porco, cru
3.9 mg Carneiro Pá crua
3.9 mg Dourada cozida
3.9 mg Cavalo Alcatra crua
3.9 mg Carneiro Costeleta crua
3.9 mg Ovo (de galinha) estrelado com manteiga
3.9 mg Queijo Alcobaça
3.9 mg Lagostim cru
3.9 mg Garoupa cozida
3.9 mg Corvina cozida
3.9 mg Queijo Alverca fresco
3.9 mg Ovo (de galinha) estrelado com azeite
3.9 mg Salmão cozido
3.9 mg Queijo Serpa
3.9 mg Robalo cozido
3.8 mg Omoleta com manteiga
3.8 mg Ovo (de galinha) escalfado
3.8 mg Ovo (de galinha) cozido
3.8 mg Ovo (de galinha) inteiro cru
3.8 mg Lagosta, cozida
3.8 mg Omoleta com margarina
3.8 mg Peixe-espada-branco grelhado
3.8 mg Garoupa crua
3.8 mg Corvina crua
3.8 mg Cavala cozida
3.8 mg Linguado cru
3.8 mg Cavala crua
3.8 mg Coração de vaca, estufado com banha e margarina
3.8 mg Peixe-espada-branco cru
3.8 mg Camarão cru
3.8 mg Peixe-espada-preto grelhado
3.8 mg Pescada do Chile frita
3.8 mg Pescada Europeia cozida
3.8 mg Robalo assado com cebola, azeite, banha e manteiga
3.8 mg Coelho cru
3.8 mg Rim de vaca, cru
3.8 mg Peru Inteiro com pele cru
3.8 mg Alho em pó
3.7 mg Sardinha meio gorda frita
3.7 mg Pargo legítimo cozido
3.7 mg Chicharro cru
3.7 mg Carapau cru
3.7 mg Imperador cozido
3.7 mg Cação cru
3.7 mg Sarda cozida
3.7 mg Porco Costeleta gorda crua
3.7 mg Dourada crua
3.7 mg Cubo de carne de vaca para caldo
3.7 mg Borrego, Costeleta ou Perna crua
3.7 mg Cavalo Lombo ou Pá crua
3.7 mg Carneiro Perna magra crua
3.7 mg Ervilhas secas cruas
3.6 mg Frango, Perna sem pele estufada com azeite e margarina
3.6 mg Abrótea cozida
3.6 mg Pargo legítimo cru
3.6 mg Peru Perna com pele estufada com margarina
3.6 mg Ovo (de galinha) mexido com margarina
3.6 mg Bacalhau Fresco cozido
3.6 mg Goraz cozido
3.6 mg Pescada do Chile cozida
3.6 mg Pescada (valor médio)* cozida
3.6 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado filetes fritos
3.6 mg Frango, Perna sem pele estufada com margarina
3.6 mg Mexilhão cozido sem sal
3.6 mg Salame
3.6 mg Ovo (de galinha) mexido com manteiga
3.6 mg Cantarilho (Redfish) cozido
3.6 mg Frango Inteiro com pele estufado com margarina
3.6 mg Frango Inteiro com pele estufado com azeite e margarina
3.6 mg Carneiro Perna gorda crua
3.6 mg Coração de vaca, cru
3.6 mg Coração de vitela, cru
3.6 mg Rim de porco, cru
3.6 mg Frango (1/4 de Frango) Peito e asa com pele cru
3.5 mg Imperador cru
3.5 mg Goraz cru
3.5 mg Pargo mulato cru
3.5 mg Pargo mulato cozido
3.5 mg Pescada da África do Sul cozida
3.5 mg Sarda crua
3.5 mg Sardinha meio gorda crua
3.5 mg Solha crua
3.5 mg Ovo (de galinha) estrelado com margarina
3.5 mg Feijão manteiga cru
3.5 mg Robalo cru
3.5 mg Amêndoa, miolo, com pele
3.5 mg Cacau em pó
3.5 mg Rim de carneiro, cru
3.5 mg Amêndoa, miolo, torrada, sem pele
3.5 mg Frango (1/4 de Frango) Peito e asa com pele estufado com azeite e margarina
3.5 mg Frango (1/4 de Frango) Peito e asa com pele estufado com margarina
3.5 mg Ovo (de galinha) líquido pasteurizado
3.5 mg Peru Perna com pele crua
3.5 mg Cherne cozido
3.5 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado cru
3.5 mg Cantarilho (Redfish) cru
3.4 mg Sardinha gorda crua
3.4 mg Feijão branco cru
3.4 mg Língua de vaca, crua
3.4 mg Lula estufada com cebola, tomate e azeite
3.4 mg Lula crua
3.4 mg Frango Inteiro com pele cru
3.4 mg Avelã, miolo
3.4 mg Lentilhas secas cruas
3.4 mg Pescada do Chile crua
3.4 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele crua
3.4 mg Mortadela
3.3 mg Safio cru
3.3 mg Pescada (valor médio)* crua
3.3 mg Porco Perna gorda crua
3.3 mg Espadarte cru
3.3 mg Cherne cru
3.3 mg Bacalhau Fresco cru
3.3 mg Truta arco-íris crua
3.3 mg Polvo cru
3.3 mg Maruca cozida
3.3 mg Tamboril cru
3.3 mg Quiche Lorraine
3.2 mg Não Alcoólicas, Café solúvel (pó) com cafeína (produto branco)
3.2 mg Carneiro Perna magra estufada com margarina
3.2 mg Maruca crua
3.2 mg Carneiro Peito gordo cru
3.2 mg Carneiro Perna magra estufada com azeite e margarina
3.2 mg Ovo (de galinha) clara crua
3.2 mg Abrótea crua
3.2 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado assado no forno com azeite
3.2 mg Pescada Europeia crua
3.2 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele estufada com margarina
3.2 mg Pescada da África do Sul crua
3.2 mg Espadarte bife cozinhado com azeite e com vinho
3.2 mg Frango (1/4 de Frango) Perna com pele estufada com azeite e margarina
3.2 mg Tosta de trigo integral
3.2 mg Farelo de trigo tipo "All-Bran"
3.1 mg Flocos de aveia
3 mg Farinha láctea tipo "Cerelac" (com farinha de trigo)
3 mg Borrego, Costeleta ou Perna estufada com azeite e margarina
3 mg Borrego, Costeleta ou Perna estufada com margarina
3 mg Pargo legítimo assado com cebola, tomate e azeite
3 mg Farinha láctea maçãs tipo "Cerelac" (com farinha de trigo)
3 mg Requeijão 13% de proteína
3 mg Farinha láctea 5 frutos tipo "Cerelac" (com farinha de trigo)
3 mg Não Alcoólicas, Café solúvel (pó) com cafeína (2 marcas)
3 mg Salmão cru
3 mg Porco Toucinho entremeado fresco, grelhado sem adição de sal
2.9 mg Não Alcoólicas, Café solúvel (pó) descafeinado (produto branco)
2.9 mg Não Alcoólicas, Café solúvel (pó) descafeinado (2 marcas)
2.9 mg Pastel de bacalhau
2.9 mg Pargo mulato assado com cebola, tomate e azeite
2.9 mg Fiambre
2.9 mg Cubo de carne de galinha para caldo
2.9 mg Peixe-espada-preto cru
2.8 mg Enguia frita
2.8 mg Massa com ovo crua
2.8 mg Bacon grelhado sem adição de sal
2.7 mg Mousse de chocolate
2.7 mg Goraz assado com cebola, tomate, azeite e óleo alimentar
2.7 mg Noz, miolo
2.6 mg Mexilhão cru
2.6 mg Pó achocolatado com alto teor de gordura
2.6 mg Cantarilho (Redfish) assado com cebola, tomate, azeite e bacon
2.6 mg Raia crua
2.6 mg Porco Toucinho entremeado ligeiramente salgado, cru
2.6 mg Imperador assado com cebola, tomate, azeite e óleo alimentar
2.5 mg Grão-de-bico cru
2.5 mg Enguia crua
2.5 mg Massa para lasanha crua
2.5 mg Esparguete cru
2.5 mg Amêijoa crua
2.4 mg Queijo "Quark" natural magro
2.4 mg Sonhos
2.4 mg Tosta de trigo sem sal
2.4 mg Flocos de trigo integral tipo "All-Bran Flakes"
2.4 mg Feijão manteiga, Feijoada com carne de porco
2.4 mg Tosta de trigo simples
2.4 mg Salsicha fresca crua
2.4 mg Biscoitos, palitos la Reine
2.3 mg Queijada de requeijão
2.3 mg Pato com pele cru
2.3 mg Bolacha aveia
2.3 mg Feijão manteiga, Feijoada com carne de porco e de vaca
2.2 mg Berbigão cru
2.2 mg Flocos de cereais e frutos secos tipo "Muesli"
2.2 mg Chouriço de sangue cozido sem adição de sal
2.2 mg Bolacha "Cream cracker"
2.2 mg Queijo Creme para barrar
2.2 mg Massa miúda crua
2.2 mg Bacon
2.2 mg Tremoço, cozido e salgado
2.1 mg Caldeirada de cabrito com azeite e margarina
2.1 mg Chouriço de sangue cru
2.1 mg Caldeirada de cabrito com azeite e banha
2.1 mg Empada
2.1 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado à Brás
2.1 mg Biscoitos de trigo integral tipo "Weetabix"
2.1 mg Pasta de fígado de porco (paté)
2.1 mg Torta de chocolate e chantilly
2.1 mg Morcela grelhada sem adição de sal
2.1 mg Pão ralado
2 mg Fermento fresco de padeiro
2 mg Pão-de-ló
2 mg Farinha de trigo integral
2 mg Pizza de queijo, tomate e fiambre
2 mg Queijo "Quark" açucarado magro com sabor a fruta
2 mg Soja cozida sem sal
2 mg Pão de trigo integral com soja
1.9 mg Requeijão 8% de proteína
1.9 mg Salsicha tipo Frankfurt grelhada sem adição de sal
1.9 mg Arroz integral cru
1.9 mg Pó achocolatado com baixo teor de gordura
1.9 mg Feijão frade (feijão miúdo) cozido (demolhado)
1.9 mg Morcela crua
1.9 mg Queijo "Quark" natural meio gordo
1.9 mg Farinha de trigo tipo 150
1.9 mg Arroz de polvo com azeite
1.8 mg Flocos de trigo e arroz enriquecidos com vitaminas, cálcio e ferro
1.8 mg Pão de forma, de trigo enriquecido
1.8 mg Ostra, crua
1.8 mg Leite Vaca Condensado
1.8 mg Flocos de trigo
1.8 mg Porco Toucinho entremeado ligeiramente salgado, cozido sem adição de sal
1.8 mg Bolacha água e sal
1.8 mg Pizza de queijo e tomate
1.8 mg Pão de mistura de trigo e centeio
1.8 mg Bolacha Maria
1.8 mg Pão de trigo
1.7 mg Queijo fresco açucarado com sabor a fruta
1.7 mg Chouriço de carne de porco, magro, grelhado sem adição de sal
1.7 mg Queijada de queijo fresco
1.7 mg Queque
1.7 mg Pão de forma, de trigo com passas
1.7 mg Bolo-Rei
1.7 mg Pudim flan caseiro
1.7 mg Farinha de centeio tipo 85
1.7 mg Gelado caseiro com palitos la Reine
1.7 mg Pão de trigo integral com sementes de sésamo
1.7 mg Pudim de leite e ovos
1.6 mg Bolacha integral (trigo)
1.6 mg Croissant
1.6 mg Rissol
1.6 mg Salsicha tipo Frankfurt frita (escorrido o óleo) sem adição de sal
1.6 mg Chamuça
1.6 mg Gressino
1.6 mg Leite Vaca evaporado
1.6 mg Queijada de queijo magro
1.6 mg Bolo de chocolate
1.6 mg Farinha de trigo tipo 55
1.6 mg Pão de trigo integral
1.6 mg Arroz carolino branqueado cru
1.5 mg Feijão manteiga, "Burger" de feijão frito com azeite
1.5 mg Flocos de arroz
1.5 mg Bolacha torrada
1.5 mg Bolo de coco
1.5 mg Pão de centeio integral
1.5 mg Pão de trigo integral com passas
1.5 mg Pastel folhado
1.5 mg Croquete
1.5 mg Feijão manteiga, "Burger" de feijão frito com óleo de milho
1.5 mg Leite creme
1.5 mg Arroz de frango
1.5 mg Farinha de centeio tipo 70
1.5 mg Pastel de feijão
1.5 mg Pão de leite (trigo)
1.4 mg Biscoitos limão
1.4 mg Alheira grelhada sem adição de sal
1.4 mg Bolo ferradura
1.4 mg Tofu simples
1.4 mg Salsicha tipo Frankfurt
1.4 mg Bacalhau Seco e salgado, demolhado à Gomes de Sá
1.4 mg Bolacha "Belga"
1.4 mg Pão do coração (trigo)
1.4 mg Arroz comum cru
1.4 mg Tofu frito com azeite
1.4 mg Creme para barrar de cacau e avelãs (8 marcas)
1.4 mg Tofu frito com óleo de milho
1.4 mg Chouriço de carne de porco, magro, cozido sem adição de sal
1.4 mg Rissol de camarão
1.3 mg Flocos de trigo com mel tipo "Nestum"
1.3 mg Chocolate de leite
1.3 mg Chouriço de carne de porco, magro, cru
1.3 mg Enguia caldeirada
1.3 mg Arroz de peixe
1.3 mg Pimenta moída
1.3 mg Alheira crua
1.3 mg Batata frita, de pacote (em rodelas)
1.3 mg Favas secas cozidas (demolhadas)
1.3 mg Caldeirada de safio, raia e tamboril
1.3 mg Bolo de arroz
1.3 mg Bolacha manteiga
1.3 mg Alheira cozida sem adição de sal
1.2 mg Bola de Berlim sem creme
1.2 mg Favas frescas cruas
1.2 mg Não Alcoólicas, Sucedâneo de café (pó) com 20% de café
1.2 mg Bolacha chocolate
1.2 mg "Donut"
1.2 mg Lentilhas secas cozidas
1.2 mg Gelado caseiro com bolachas e natas
1.2 mg Rabanada
1.2 mg "Donut" recheado com doce de fruta
1.2 mg Porco Toucinho entremeado fresco cru
1.2 mg Feijão manteiga cozido (demolhado)
1.2 mg Pão de centeio
1.2 mg Madalena
1.1 mg Feijão branco cozido (demolhado)
1.1 mg Pão de milho
1.1 mg Iogurte Açucarado com edulcorante de síntese, sólido magro
1.1 mg Massa quebrada para quiche
1.1 mg Arroz doce
1.1 mg Tâmara seca
1.1 mg Maionese caseira, com ovo e azeite
1.1 mg Maionese caseira, com ovo e óleo de soja
1.1 mg Flocos de trigo com figos tipo "Nestum"
1.1 mg Vaca para Cozer ou Estufar magra, estufada - jardineira
1.1 mg Biscoitos, línguas de veado
1.1 mg Biscoitos, argolas
1.1 mg Grão-de-bico cozido (demolhado)
1.1 mg Abacate
1.1 mg Coco seco, ralado
1.1 mg Biscoitos, línguas de gato
1.1 mg Ervilhas secas cozidas
1 mg Ervilhas grão, frescas cruas
1 mg Tarte de maçã e pêssego
1 mg Bolo inglês
1 mg Molho "Béchamel" com manteiga
1 mg Molho "Béchamel" com margarina
1 mg Molho branco com margarina
1 mg Milho, grão seco cru
1 mg Biscoitos caseiros
1 mg Éclair de chocolate
1 mg Iogurte Natural sólido magro
1 mg Ervilhas grão, frescas cozidas
1 mg Castanha pilada
1 mg Salsicha fresca estufada com couve e azeite
1 mg Favas frescas cozidas
1 mg Iogurte Açucarado batido meio gordo
1 mg Fermento em pó
0.9 mg Açorda de ovo
0.9 mg Ervilhas grão, congeladas cozidas
0.9 mg Frango, Pele crua
0.9 mg Bolo de bolacha Maria
0.9 mg Pastel de nata
0.9 mg Bebida à base de soja com açúcar, sal e aromas
0.9 mg Leite Ovelha cru
0.9 mg Iogurte Aromatizado açucarado sólido meio gordo
0.9 mg Farinha de milho tipo 70
0.9 mg Flocos de milho tipo "Corn Flakes"
0.9 mg Iogurte Aromatizado açucarado batido meio gordo
0.9 mg Bebida à base de soja com açúcar, com cálcio, sal e aromas
0.9 mg Chocolate em pó
0.9 mg Iogurte Açucarado com edulcorante de síntese, batido magro com cereais
0.9 mg Iogurte Açucarado batido meio gordo com fruta
0.9 mg Iogurte Açucarado batido gordo com cereais e fruta
0.9 mg Iogurte Açucarado batido gordo com fruta
0.9 mg Iogurte Natural sólido meio gordo
0.9 mg Couve-flor crua
0.9 mg Bebida à base de soja natural, sem açúcar e sem sal
0.9 mg Não Alcoólicas, Sucedâneo de café (pó) (2 marcas)
0.8 mg Jesuíta
0.8 mg Salsicha fresca estufada com legumes e azeite
0.8 mg Arroz de manteiga
0.8 mg Gelado de leite
0.8 mg Leite humano, colostro
0.8 mg Merengue
0.8 mg Leite Vaca Esterilizado magro
0.8 mg Alho cru
0.8 mg Massa para lasanha cozida
0.8 mg Leite Vaca Esterilizado achocolatado meio gordo
0.8 mg Farinheira cozida sem adição de sal
0.8 mg Chocolate em barra, culinária
0.8 mg Iogurte Aromatizado açucarado batido gordo
0.8 mg Ervilhas grão, congeladas cruas
0.8 mg Leite Vaca Esterilizado meio gordo
0.8 mg Farinheira crua
0.7 mg Esparguete cozido
0.7 mg Castanha assada com sal
0.7 mg Batata assada no forno
0.7 mg Iogurte Açucarado líquido meio gordo
0.7 mg Iogurte Aromatizado açucarado líquido magro
0.7 mg Batata frita caseira (em palitos)
0.7 mg Leite Cabra cru
0.7 mg Espinafres crus
0.7 mg Leite Vaca Esterilizado gordo
0.7 mg Damasco seco
0.7 mg Leite Vaca UHT magro
0.7 mg Leite Vaca UHT gordo
0.7 mg Couve de Bruxelas crua
0.7 mg Leite Vaca Pasteurizado gordo
0.7 mg Leite Vaca UHT aromatizado meio gordo
0.7 mg Leite Vaca Pasteurizado gordo especial
0.7 mg Leite Vaca UHT meio gordo
0.6 mg Túbera (trufa) crua
0.6 mg Pudim instantâneo preparado com leite meio gordo
0.6 mg Couve-flor cozida
0.6 mg Brócolos crus
0.6 mg Massa com ovo cozida
0.6 mg Farinha de alfarroba
0.6 mg Alcachofra cozida
0.6 mg Batata cozida
0.6 mg Bolacha baunilha
0.6 mg Leite humano, transição
0.6 mg Iogurte Aromatizado açucarado líquido meio gordo
0.6 mg Esparguete estufado com cenoura e azeite
0.6 mg Batata, puré
0.6 mg Esparguete estufado com cenoura e margarina
0.6 mg Batata crua
0.6 mg Pudim instantâneo preparado com leite magro
0.6 mg Castanha, miolo
0.5 mg Molho de lombo de porco frito com banha e margarina
0.5 mg Ervilhas vagens cruas
0.5 mg Brócolos cozidos
0.5 mg Feijão verde fresco cru
0.5 mg Molho de bife frito com manteiga
0.5 mg Molho de lombo de porco frito com margarina
0.5 mg Espargos cozidos
0.5 mg Molho de lombo de vaca frito com creme vegetal sem sal
0.5 mg Molho de lombo de porco frito com banha
0.5 mg Agrião cru
0.5 mg Couve de Bruxelas cozida
0.5 mg Salsa crua
0.5 mg Molho de lombo de vaca frito com margarina
0.5 mg Nata não maturada pasteurizada para café, 15% gordura
0.5 mg Couve galega cozida
0.5 mg Sopa peixe com massa
0.5 mg Sopa de cozido
0.5 mg Batata estufada com cebola, azeite e óleo alimentar
0.5 mg Nata para bater pasteurizada 34% gordura
0.5 mg Leite Humano
0.5 mg Alcachofra crua
0.5 mg Arroz cozido simples
0.5 mg Couve galega crua
0.5 mg Nata não maturada pasteurizada 33% gordura
0.5 mg Nata não maturada pasteurizada 36% gordura
0.4 mg Espargos crus
0.4 mg Cebola frita com óleo alimentar
0.4 mg Grelos de nabo crus
0.4 mg Couve lombarda cozida
0.4 mg Arroz de tomate com margarina
0.4 mg Pudim instantâneo em pó
0.4 mg Coentros crus
0.4 mg Arroz de tomate com azeite
0.4 mg Grelos de couve cozidos
0.4 mg Grelos de couve crus
0.4 mg Sopa, canja de galinha
0.4 mg Molho de carne de vaca assada com margarina
0.4 mg Couve lombarda crua
0.4 mg Ervilhas vagens cozidas
0.4 mg Courgette frita com óleo alimentar
0.4 mg Couve portuguesa crua
0.4 mg Nata não maturada UHT 35% gordura
0.4 mg Nata maturada pasteurizada 30% gordura
0.4 mg Feijão verde fresco cozido
0.4 mg Batata assada com pele, sem sal (só a polpa)
0.4 mg Beringela grelhada com azeite
0.4 mg Molho de carne de vaca estufada com azeite e margarina
0.4 mg Figo seco
0.4 mg Arroz de cenoura com azeite
0.4 mg Alcoólicas Fermentadas - Cerveja sem álcool
0.4 mg Molho de carne de vaca assada com azeite e margarina
0.3 mg Couve portuguesa cozida
0.3 mg Sopa favas
0.3 mg Sopa à lavrador
0.3 mg Batata doce crua
0.3 mg Batata doce assada
0.3 mg Couve branca crua
0.3 mg Grelos de nabo cozidos
0.3 mg Molho branco com caldo de carne de vaca
0.3 mg Sopa espinafres
0.3 mg Cogumelos crus
0.3 mg Sopa grão com espinafres
0.3 mg Sopa, puré de feijão
0.3 mg Courgette crua
0.3 mg Banana
0.3 mg Cogumelos enlatados, escorridos
0.3 mg Molho de carne de vaca estufada com vegetais, azeite e margarina
0.3 mg Sopa ervilhas
0.3 mg Couve roxa crua
0.3 mg Tarte de maçã
0.3 mg Margarina vegetal culinária, com alho e sal
0.3 mg Nectarina
0.2 mg Beterraba (raiz) crua
0.2 mg Morango
0.2 mg Molho de tomate
0.2 mg Kiwi
0.2 mg Sopa couve lombarda
0.2 mg Sopa feijão verde
0.2 mg Molho de tomate, "Ketchup"
0.2 mg Dióspiro
0.2 mg Sopa juliana
0.2 mg Sopa nabiças (ou de grelos de nabo)
0.2 mg Framboesa
0.2 mg Cogumelos fritos com óleo alimentar
0.2 mg Pimento grelhado
0.2 mg Pimento cru
0.2 mg Sopa, puré de vegetais
0.2 mg Beterraba (raiz) cozida sem sal
0.2 mg Sopa, caldo verde
0.2 mg Azeitona
0.2 mg Sopa couve branca
0.2 mg Beringela crua
0.2 mg Sopa cebola
0.2 mg Minarina (meia margarina)
0.2 mg Alho francês cru
0.2 mg Cebola cozida
0.2 mg Sopa agrião
0.2 mg Couve branca cozida
0.2 mg Ameixa seca
0.1 mg Batata, fécula
0.1 mg Sopa abóbora
0.1 mg Pêssego (2 variedades)
0.1 mg Maçã cozida com açúcar
0.1 mg Maçã seca
0.1 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos 100%, laranja
0.1 mg Maçã sem casca
0.1 mg Nabo (raiz) cru
0.1 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos 100%, ananás
0.1 mg Maçã cozida sem açúcar
0.1 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos 100%, tomate
0.1 mg Maçã assada com açúcar
0.1 mg Maçã assada sem açúcar
0.1 mg Manga
0.1 mg Toranja
0.1 mg Marmelo
0.1 mg Sopa, creme de cenoura
0.1 mg Nabo (raiz) cozido
0.1 mg Uva seca (passas)
0.1 mg Papaia
0.1 mg Romã
0.1 mg Ameixa branca
0.1 mg Tomate cru
0.1 mg Pepino cru
0.1 mg Damasco
0.1 mg Gelatina preparada com laranja e sumo de laranja
0.1 mg Cenoura cozida
0.1 mg Iogurte Aromatizado açucarado sólido magro
0.1 mg Clementina
0.1 mg Maçã com casca
0.1 mg Cereja, conserva em calda de açúcar
0.1 mg Alface crua
0.1 mg Ameixa encarnada
0.1 mg Cereja (4 variedades)
0.1 mg Carambola
0.1 mg Ameixa rainha Cláudia
0.1 mg Cebola crua
0.1 mg Ananás
0.1 mg Anona
0.1 mg Farinha de pau (mandioca)
0.1 mg Cenoura crua
0.1 mg Figo (5 variedades)
0.1 mg Limão
0.1 mg Compota Ananás
0.1 mg Laranja (3 variedades)
0.1 mg Tapioca
0.1 mg Ginja
0.1 mg Tomate conserva ao natural
0.1 mg Aipo cru
0.1 mg Damasco, conserva em calda de açúcar
0.1 mg Chicória crua
0.1 mg Molho verde
0.1 mg Rabanete cru
0.1 mg Milho, amido (pó)
0.07 mg Caldo preparado com cubo de carne de vaca (diluição 2%)
0.06 mg Caldo preparado com cubo de carne de galinha (diluição 2%)
0 mg Gelatina desidratada, pó ou folha
0 mg Canela moída
0 mg Base em pó para bebida de ananás
0 mg Doce Framboesa
0 mg Base em pó para bebida de laranja
0 mg Abóbora crua
0 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos concentrado, laranja
0 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos concentrado, ananás
0 mg Sal
0 mg Não Alcoólicas, Sumo fresco de limão (espremido)
0 mg Margarina vegetal culinária, 80% gordura, com sal
0 mg Creme vegetal para barrar 72% gordura, 33% ácidos gordos polinsaturados
0 mg Creme vegetal para barrar 35% gordura, com fitosteróis
0 mg Creme vegetal para barrar 70% gordura, com sal
0 mg Creme vegetal para barrar 37% gordura
0 mg Creme vegetal para barrar 70% gordura, 53% ácidos gordos monoinsaturados
0 mg Creme vegetal para barrar 58% gordura, com cálcio
0 mg Creme vegetal culinário, 75% gordura, sem sal
0 mg Manteiga com sal
0 mg Manteiga sem sal
0 mg Margarina industrial para pastelaria, com sal
0 mg Margarina líquida, 65% gordura, com sal
0 mg Doce Maçã
0 mg Margarina 3/4, de girassol
0 mg Óleo de palma
0 mg Shortening para pastelaria
0 mg Shortening para restaurante
0 mg Açúcar amarelo
0 mg Açúcar branco
0 mg Compota Ameixa
0 mg Compota Cereja
0 mg Compota Damasco
0 mg Compota Laranja
0 mg Doce Cereja
0 mg Doce Damasco
0 mg Doce Ginja
0 mg Doce Morango
0 mg Margarina culinária para folhados, com sal
0 mg Pêssego, conserva em calda de açúcar
0 mg Abóbora cristalizada
0 mg Ameixa, conserva em calda de açúcar
0 mg Ananás, conserva em calda de açúcar
0 mg Cereja, cristalizada
0 mg Vinagre
0 mg Figo cristalizado
0 mg Melancia
0 mg Meloa
0 mg Nêspera
0 mg Pêra (5 variedades)
0 mg Pêra cozida com açúcar
0 mg Pêra cozida sem açúcar
0 mg Banha de porco
0 mg Pêra cristalizada
0 mg Óleo de soja
0 mg Tângera
0 mg Tangerina
0 mg Uva branca (5 variedades)
0 mg Uva tinta (5 variedades)
0 mg Azeite (4 marcas)
0 mg Óleo alimentar
0 mg Óleo de amendoim
0 mg Óleo "Becel"
0 mg Óleo de girassol
0 mg Melão (3 variedades)
0 mg Óleos de milho
0 mg Marmelada
0 mg Pêra conserva em calda de açúcar
0 mg Não Alcoólicas, Chá, infusão, preto
0 mg Doce Pêssego
0 mg Não Alcoólicas, Água - Água da rede pública de abastecimento (Lisboa)
0 mg Não Alcoólicas, Água mineral natural, "Luso"
0 mg Não Alcoólicas, Água mineral natural gasocarbónica, "Pedras Salgadas"
0 mg Não Alcoólicas, Água mineral natural gaseificada, "Pizões-Moura"
0 mg Não Alcoólicas, Água mineral natural gaseificada, "Vimeiro"
0 mg Não Alcoólicas, Bebida Refrigerante cola
0 mg Não Alcoólicas, Bebida Refrigerante cola light
0 mg Não Alcoólicas, Bebida Refrigerante gasosa
0 mg Não Alcoólicas, Bebida Refrigerante de laranja
0 mg Não Alcoólicas, Café (Infusão) - bica (3 marcas)
0 mg Não Alcoólicas, Café Infusão - café de cafeteira (3 marcas)
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho verde branco
0 mg Não Alcoólicas, Café Infusão - valor médio (bica 60% e café de cafeteira 40%)
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho rosé
0 mg Não Alcoólicas, Chá, infusão, verde
0 mg Não Alcoólicas, Chá, infusão, de ervas
0 mg Não Alcoólicas, Néctar alperce
0 mg Não Alcoólicas, Néctar ananás
0 mg Não Alcoólicas, Néctar laranja
0 mg Não Alcoólicas, Néctar maçã
0 mg Não Alcoólicas, Néctar pêra
0 mg Não Alcoólicas, Néctar pêssego
0 mg Não Alcoólicas, Néctar "tutti - frutti"
0 mg Não Alcoólicas, Néctar "light" maçã
0 mg Não Alcoólicas, Néctar "light" pêssego
0 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos 100%, maçã
0 mg Não Alcoólicas, Café Infusão - carioca (2 marcas)
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Cerveja preta
0 mg Não Alcoólicas, Sumo de frutos 100%, pêssego
0 mg Pastilha elástica
0 mg Rebuçados
0 mg Mel
0 mg Gelado de água (sorvete)
0 mg Gelatina preparada com ananás em conserva
0 mg Alcoólicas Destiladas - Aguardente
0 mg Alcoólicas Destiladas - Brandy
0 mg Alcoólicas Destiladas, Gin - Rum- Whisky
0 mg Alcoólicas Destiladas, Licor Beneditino
0 mg Alcoólicas Destiladas, Licor de anis
0 mg Alcoólicas Destiladas, Licor de ginja
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho verde tinto
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Cerveja branca
0 mg Geleia de casca de laranja
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Sidra (vinho de maçã)
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho espumante Extra Bruto
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho espumante Doce
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho espumante Meio Seco
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho espumante Seco
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho generoso da Madeira
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho generoso do Porto, doce
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho generoso do Porto, meio seco
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho generoso do Porto, seco
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho maduro branco
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho maduro palhete
0 mg Alcoólicas Fermentadas - Vinho maduro tinto
0 mg Alcoólicas Destiladas, Licor simples

Fonte: http://www.calorias.com.pt/nutrientes/alimentos-triptofano.html

Você quer ossos mais fortes, evitar osteoporose?


Você quer ossos fortes? Cálcio não é a única resposta.

A medicina moderna recomenda uma ingestão de cálcio muito maior do que realmente é necessária, possivelmente uma quantidade que pode ser fatal.

Médicos, nutricionistas, laboratórios farmacêuticos, empresas de alimentação, a mídia escrita e falada, todos insistem na tecla de que você precisa de muito cálcio para ter ossos saudáveis e prevenir a osteoporose.
Este é um conceito errado – a osteoporose não é causada só por falta de cálcio. E logicamente a maneira de se prevenir a osteoporose não é se entupir de comprimidos de cálcio ou de alimentos fortificados com este mineral.

O que a ciência diz.

Na verdade, a suplementação de cálcio intensifica o risco de ataque cardíaco: um estudo novíssimo, publicado em junho de 2012 na revista científica Heart (Coração), mostra que em pessoas que receberam cálcio exclusivamente através de suplementos, o risco de ataque cardíaco triplicou. Em outro estudo, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Zurique, analisou quase 24.000 homens e mulheres. Os que usaram suplementos de cálcio regularmente eram 86% mais propensos a ter um ataque cardíaco do que aqueles que não o fizeram. Se um ataque cardíaco já é ruim o suficiente, veja isto: uma meta-análise, publicada em 2010 pelo British Medical Journal, avaliou 11 estudos sobre os efeitos da suplementação de cálcio, e a conclusão foi que quem tomava comprimidos de cálcio era mais propenso a ter mais de um enfarte.

Nem todo cálcio é igual.

É importante notar o tipo de cálcio que os suplementos contem – a grande maioria é de carbonato de cálcio, um tipo que é pobremente absorvido pelo sistema digestivo e pelos ossos, e acaba indo parar onde não deve, como por exemplo, nas juntas (bursite, artrite), nos órgãos formando cálculos (rins, vesícula), nos tecidos (nódulos calcificados em mama e dutos salivares), e nos vasos sanguíneos (se depositam nas artérias, endurecendo o sistema circulatório, e reduzem o seu calibre, o que aumenta a chance de um enfarte).
O cálcio que ocorre naturalmente nos alimentos é benéfico, diferentemente dos alimentos fortificados com o mineral, como leite, produtos de soja e sucos, pois é o mesmo carbonato de cálcio que a indústria utiliza. As melhores formas de cálcio suplementar são o citrato de cálcio e o cálcio quelado com aminoácidos, como a glicina.

E os ossos, o que precisam para ser fortes e para que a osteoporose não se instale?

Vitamina D

O nutriente número um no quesito massa óssea é a vitamina D, que na realidade é um hormônio. É ela que direciona quanto cálcio seus ossos vão armazenar. A deficiência crônica de vitamina D pode levar a ossos finos, porosos e quebradiços, sinônimo de osteoporose. O nível ótimo de vitamina D evita a perda óssea, reduz o risco de fraturas, e reduz a ocorrência de dores por enfraquecimento ósseo – uma condição conhecida como osteomalacia.

A melhor fonte de vitamina D é o sol, pelo menos 20 minutos de exposição solar sem uso de fotoprotetores ajuda a alavancar o nível sanguíneo. Mas mesmo morando em um país tropical, passamos a maior parte do tempo do lado de dentro, olhando o sol pela janela, ou vamos à praia lambuzados de protetor solar, o que atrapalha a ação dos raios UV na conversão de um derivado de colesterol em vitamina D. Os alimentos fornecem pouca vitamina D, e eles incluem peixes gordos, como salmão, cavala, atum e sardinha, ovos, carne e queijo. Temos também leites e cereais fortificados com este nutriente vital.

Os últimos estudos mostram que há uma necessidade diária maior do que se acreditava e a dose recomendada diária de 400 UI mereceu um upgrade considerável, com dose diária indicada entre 2.000 e 5.000 UI. Antes de tomar suplementos, é importante fazer um exame de sangue para dosar o seu nível de vitamina D (o nome do exame é 25-OH-D), e a maioria dos planos de saúde cobrem.

Vitamina K

É preciso muita energia para produzir osso. As células ósseas usam um hormônio chamado osteocalcina, que ordena aos osteoblastos para produzir osso novo e aos osteoclastos para eliminar o osso antigo, num processo de renovação e fortalecimento ósseo.

A vitamina K ajuda a regular a osteocalcina, a produtora de osso. Um estudo publicado na revista especializada Bone (Osso) em 2011 constatou que a ingestão elevada de vitamina K significa maior densidade mineral do osso, e menor perda óssea com o envelhecimento. Os autores descreveram que a vitamina K deu às pessoas “ossos com qualidade superior”.

No entanto a forma a ser tomada faz diferença. Folhas verdes fornecem a vitamina tipo K1, mas esta não é a forma que o corpo usa para construir ossos, esse trabalho recai sob o controle da vitamina tipo K2. A ciência diz que a osteocalcina passa por um processo chamado de carboxilação, onde ela se fixa nas células ósseas para ajudar a criar o novo tecido ósseo. Quando os níveis de vitamina K2 estão baixos, a osteocalcina não pode colar-se ao osso velho e criar mais osso novo. Existem alimentos que você pode comer para obter K2.

Enquanto a vitamina K1 é de origem vegetal, a K2 é de origem animal. As melhores fontes são gemas de ovos, leite cru e miúdos ou vísceras, o que muitos evitam por medo de elevar o colesterol ou por falta de hábito e paladar. Também existe um feijão de soja fermentado, com um cheiro bastante intenso, o natto, e nós ocidentais não temos estomago para saborear esta iguaria prá lá de exótica.

Conclusão: provavelmente seu estoque de K2 deve estar meio baixo, o que é muito ruim para os seus ossos. A única opção restante é suplementar, ou seja, tomar vitamina K2 em cápsulas. Este nutriente deve ser manipulado. Os estudos tem mostrado uma dose diária indicada de 45 a 90 microgramas.

Hormônios para ossos duros de roer.

Diversos nutrientes são importantes para a saúde óssea, como os citados acima (vitaminas D3 e K2), e também minerais como o cálcio, magnésio, boro, molibdênio, manganês, zinco, que devem vir formulados na dose adequada para cada pessoa, dependendo do sexo, idade, nível de atividade física, composição corporal e outros detalhes. Mas o segredo para a construção de ossos reside nos seus hormônios. Eles controlam a quantidade de cálcio que gruda em seus ossos. Não adianta tomar todo o cálcio do mundo se os hormônios certos não estão funcionando.

E eles são muitos: a osteocalcina já citada acima, e mais estrogênio, progesterona, dihidroepiandrosterona, mas a medalha de campeão vai para a testosterona, tanto para os homens como para as mulheres. É importante fazer uma avaliação criteriosa e ver como andam os seus níveis hormonais – se for o caso, deve-se proceder à reposição com hormônios.

Fitoterápicos

A testosterona é crucial para a massa e resistência óssea. A quantidade que você produz e fica disponível para o osso, diminui com a idade, resultando em diminuição na resistência óssea, redução dos níveis de cálcio no osso e aumento do risco de fratura. No entanto, enquanto o nível de testosterona total é importante, apenas cerca de 2% da testosterona é livre para atuar no seu corpo.

O restante (98%) está ligado a uma proteína chamada SHBG (proteína ligadora de hormônios sexuais), tornando-se inativa. Então, mais importante que simplesmente aumentar o nível de testosterona total, é reduzir o SHBG, caso esteja elevado. Existe um fitoterápico que pode ajudar. A urtica dioica se liga ao SHBG, deixando assim a testosterona livre para atuar na reparação e reconstrução do osso.

Outro fitoterápico muito interessante no quesito osso é o cissus quadrangularis, com ação anabólica e androgênica. Além de acelerar o processo de remodelação do osso, o cissus também leva a um aumento na resistência à tração, construindo um osso mais forte. Ambos podem ser manipulados em doses adequadas a cada caso.

Fonte: http://www.buscasaude.com.br/ortomolecular/ossos-mais-fortes-2/

Vitamina B12: 30 informações importantíssimas, por Dr. Eric Slywitch


Esse assunto não é polêmico, mas tenho recebido diversas dúvidas por e-mail e dos pacientes que atendo devido a dados desencontrados, tanto de profissionais de saúde, quanto de pessoas adeptas ao vegetarianismo ligadas a filosofias e à espiritualidade.

Nesse artigo vamos conversar sobre diversos assuntos, que vão desde os sintomas da deficiência, tratamento e até questões filosóficas.

Apenas para relembrar: vitamina B12 só é encontrada em carnes, leite, queijos, ovos e suplementos. A B12 encontrada em algas e alimentos fermentados é diferente da que necessitamos para o nosso metabolismo.

Cerca de 50% dos vegetarianos têm carência de vitamina B12
Cerca de 40% dos não vegetarianos têm carência de vitamina B12

1)    Quais são os primeiros sintomas da deficiência?

A deficiência de vitamina B12 traz sintomas bastantes inespecíficos, o que, algumas vezes, dificulta o diagnóstico clínico (por meio de sinais e sintomas), sendo necessário a avaliação por exames laboratoriais para descartar outros problemas com sintomas semelhantes.

O sintoma mais precoce que tenho visto em pacientes que atendo são queixas de formigamento nas pernas após poucos minutos sentado com as pernas cruzadas. Da mesma forma, as queixas de redução da atividade cognitiva (concentração, memória e atenção) são regra. Na deficiência de B12 há dificuldade de manter a atividade intelectual com conforto.

A deficiência de B12 pode se manifestar com alteração da sensibilidade dos pés e das pernas, redução da propriocepção (a pessoa tem dificuldade de perceber adequadamente o próprio corpo) e sintomas psiquiátricos.

A anemia por falta de B12 pode ocorrer, mas é menos comum do que os sintomas neurológicos citados acima.

2)    Por que alguns profissionais não chegam à mesma conclusão no diagnóstico da B12?

A resposta é bem simples: porque nenhum profissional consegue saber tudo de todos os assuntos. O acúmulo de conhecimentos faz com que exista a necessidade de especialistas em diversas áreas. Isso não é uma fragmentação do todo, mas sim uma necessidade de aprofundar mais algumas áreas do conhecimento.

O diagnóstico da deficiência da B12 é claro quando o profissional conhece o assunto, e não há margem para equívocos quando há esse domínio.

3)    Como fazer o diagnóstico da falta de B12?

Esse diagnóstico é feito, basicamente, pela avaliaçaõ da B12 no sangue, associado ou não aos sintomas de deficiência. O diagnóstico pode ser complexo em algumas poucas situações, e depende dos exames que temos em mãos. Na maioria das vezes é muito simples.

4)    A dosagem da vitamina B12 no sangue

Esse exame é o mais comumente utilizado, e sujeito a muitos erros de interpretação. Para entendermos o porquê, é necessário conhecermos a forma que ele foi elaborado.

No passado, foram recrutadas cerca de 250 pessoas aparentemente normais, sendo coletado o sangue dessas pessoas. Dos valores encontrados, 95% delas estavam entre 200 a 900 pg/mL de vitamina B12.  Assim, esse valor foi utilizado como faixa de normalidade.

Veja que problema é essa faixa de normalidade! Primeiro: a normalidade foi estabelecida de forma muito subjetiva. Segundo: a faixa é muito ampla (200 a 900 pg/mL, o que já sugere uma flexibilidade exagerada na análise dos dados).

Com marcadores sanguíneos diferentes, verificamos que estar nessa faixa de normalidade não significa estar com bons níveis sanguíneos.

Logo abaixo veremos os níveis que ela deve ser mantida.

5)    Então a avaliação da B12 no sangue não é útil para o diagnóstico?

Ela é útil sim, inclusive é o melhora parâmetro de análise, mas deve ser avaliada com critério pelo seu médico, pois é necessário correlacioná-la com outros dados clínicos e laboratoriais.

6)    Ouvi dizer que a dosagem de B12 não é adequada para o diagnóstico, pois ela é feita no sangue, e não dentro da célula (intracelular).

A dosagem da B12 no sangue é muito útil para o diagnóstico sim! Os níveis no sangue refletem os níveis dentro das células.

A deficiência de B12 pode ser dividida em 4 estágios. Nos 2 primeiros estágios, os compostos que ficam alterados (já decorrentes da falta de B12) só podem ser dosados em laboratórios muito especializados, e por isso não conseguimos o diagnóstico precoce. Nesses dois estágios iniciais, a B12 já está baixa dentro da célula (no plasma intracelular), e por isso os compostos ficam alterados.

No terceiro estágio, outros compostos estão alterados, como a homocisteína e o ácido metilmalônico. Portanto, a alteração desses 2 compostos, que podemos dosar, já indica uma deficiência mais avançada.

No quarto e último estágio, além das alterações já descritas, podem aparecer os sintomas e alterações no hemograma.

Assim, desde os estágios mais precoces da deficiência a B12, ela já se encontra reduzida dentro das células. A B12 no sangue simplesmente reflete a B12 intracelular.

7)    Então quais são os exames necessários para avaliar a B12?

A dosagem da B12 no sangue sempre deve ser feita. É o primeiro exame que deve ser pensado para avaliá-la.

A dosagem da homocisteína e do ácido metilmalônico (que se elevam na deficiência da B12) podem ser utilizados, mas na prática, são desnecessários.

O hemograma, para ser utilizado, depende de muita habilidade de quem o lê, pois diversos fatores interferem nos parâmetros que podem indicar a deficiência de B12.


8)    A B12 deve sempre permanecer acima de 490 pg/mL!!

Esse número não é um número mágico e muito menos arbitrário.

Estudo publicado há vários anos já demonstrou que quando a B12 está abaixo de 490 pg/mL (sendo a referência de 200 a 900 pg/mL), ela já é potencialmente deficiente.

Outro estudo demonstrou que quando a B12 está abaixo de 350 pg/mL, muitas pessoas podem apresentar sintomas de deficiência de B12, especialmente relacionados ao sistema nervoso.

9)    Qual é o valor ideal que a B12 deve ser mantida?

Essa pergunta pode ser respondida de formas diferentes.

A melhor forma de avaliar isso é por meio de diversos exames interligados, pois a B12 muda vários parâmetros do nosso metabolismo.

Assim, como regra simples, utilizando como referência um estudo científico que fez essas correlações com dezenas de indivíduos (vegetarianos e não vegetarianos), podemos seguir as seguintes diretrizes:

- quando a B12 no sangue está acima de 490 pg/mL, raramente um indivíduo tem carência de B12;
- a homocisteína é outro parâmetro, e deve permanecer sempre abaixo de 8 mcmol/L.Essa dosagem é dispensável.

Assim, a dica é:

Mantenha sempre a B12 acima de 490 pcg/mL. A homocisteína deve permanecer abaixo de 8 mcmol/L.
Pessoas com níveis abaixo de 490 pg/mL podem ou não estar com deficiência de B12, mas isso só pode ser avaliado por um médico que domine o assunto.

10)    Talvez você se confunda ao avaliar os exames laboratoriais.

Talvez não, com certeza haverá confusão, pois essa avaliação deve ser feita pelo seu médico.

Não basta olhar as referências de normalidade nos exames, pois é necessário conhecer diversas condições do organismo. Avaliação de exames não se faz simplesmente olhando as faixas de normalidade.

11)    Tratamento da deficiência e manutenção são coisas diferentes

Quando a pessoa está com deficiência há necessidade de tratar a deficiência, elevando os níveis de B12 para valores seguros. Após a pessoa ter níveis adequados de B12, o suplemento ou a alimentação, é utilizada para manter esses níveis adequados.

Assim, a dose e freqüência de uso da B12 para tratar a deficiência são diferentesdo utilizado para a sua manutenção.

12)    O custo da B12

A B12 é barata. Algumas pessoas questionam que a necessidade de uso da B12 é uma mentira inventada pela indústria farmacêutic para ter lucro, mas isso não é verdade. Ela é muito barata, além de ser necessária. Basta avaliar os sintomas de quem tem deficiência, o que corresponde a cerca de 50% das pessoas.

13)    Absorção da B12

Após ingerida, retirada do alimento (o que depende em parte do ácido do estômago), ligada ao Fator Intrínseco (produzido no estômago), a B12 é absorvida no final do intestino delgado. Só para relembrar: para a B12 ser absorvida em condições fisiológicas, ela deve estar ligada ao fator intrínseco.

Precisamos absorver, para manter os níveis de B12 no organismo, cerca de 1 mcg de B12 por dia. A recomendação de ingestão diária de 2,4 mcg para um adulto leva em consideração o fato de que conseguimos absorver a metade do que ingerimos numa dieta onívora, de forma geral.

A absorção intestinal é limitada. A B12 não entra aleatoriamente no organismo. No intestino há “seguranças” (receptores de B12) que permitem a entrada de cerca de 1 a 1,5 mcg de B12 a cada 4 a 6 horas. Dessa forma, se você pensou na matemática, calculou que, considerando 3 refeições, podemos absorver até 4,5 mcg de B12 por dia.

Pronto! É aqui que começa a confusão, pois medicina é diferente de matemática!!

Vamos começar pela manutenção e depois falaremos sobre o tratamento da deficiência.

14)    Manutenção dos níveis de B12

Nesse momento vamos entender que os seus níveis de B12 estão adequados, e pretendemos mantê-los adequados.

14.1- Com o uso da B12 diariamente, por via oral

A dose preconizada para isso é de 5 mcg de B12 por comprimido, no mínimo. Alguns suplementos no mercado apresentam doses maiores que essa, como 10 ou 15 mcg. Não há problema em utilizá-los.

Na minha experiência profissional, verifico que essa dose é insuficiente para manter os níveis adequados. São pouquíssimas pessoas que conseguem fazer uma manutenção com doses tão baixas. As doses de manutenção não podem ser padronizadas, pois a variação de necessidade de uma pessoa para outra são enormes. Um pessoa pode necessitar menos que 10 mcg por dia ou até mais que 2.000 mcg por dia.

14.2- Com o uso da B12 semanal, por via oral

Há tempos atendi uma pessoa que fez o seguinte cálculo: se preciso ingerir 2,4 mcg de B12 por dia, isso significa que devo tomar uma dose única semanal de 16,8 mcg (2,4 mcg x 7 dias). Esse cálculo é lógico para a matemática, mas não para a biologia.

A dose de manutenção preconizada para ser tomada 1 vez por semana é de 2.000 mcg.

No entanto, na minha prática profissional, também observo que essa dose não é adequada. Atendo muitas pessoas tomando essa dose que estão fazendo manutenção da deficiência. A dose para uso semanal, além de individual, para ser eficiente, costuma ser bem maior que essa.

Mas por que devo tomar 2.000 mcg 1 vez por semana se consigo absorver apenas 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas? Não vou perder o que ingeri?

Mais uma vez: biologia e matemática são coisas diferentes.

Quando a B12 ingerida é proveniente da alimentação, ou de suplementos com baixas doses, a regra de absorção de 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas é válida, pois os “seguranças do intestino” (os receptores intestinais) conseguem limitar a entrada da B12.

No entanto, quando uma megadose de B12 é administrada ocorre um “arrastão de B12”, que entra no intestino passando por cima dos “seguranças”.

Tecnicamente dizemos que a absorção de B12, que segue o processo de pinocitose, passa a ser por difusão.

Assim, apenas para ilustrar, a B12 é uma pessoa que quer entrar numa festa (dentro do organismo). Para isso ela chega na porta, onde está o segurança da festa (o receptor intestinal), que a deixa entrar conforme as suas possibilidades. No entanto, se há muitas pessoas (uma multidão) para entrarem na festa, elas começam a pular o muro.

14.3- Com o uso da forma injetável

Para isso pode ser utilizada uma aplicação de B12 com cerca de 5.000 UI a cada 6 meses ou um ano.

Essa é a recomendação médica que existe na literatura e que eu mesmo prescrevi por algum tempo. No entanto, raramente prescrevo dessa forma, pois tenho visto que a via oral é muito mais eficiente. Sugiro não confiar na aplicação semestral da B12 intramuscular.

14.4- Com a alimentação

Muito cuidado aqui!! Os alimentos que contém B12 ativa são as carnes, queijos, leite e ovos, além dos alimentos enriquecidos.

A ingestão de B12 por meio de derivados animais precisa ser constante e em quantidade adequada. Apenas para termos uma idéia, a quantidade de leite necessária para conseguirmos uma quantidade diária mínima de B12 seria de cerca de 650 mL por dia.

Muitos vegetarianos que utilizam derivados animais, tendem a reduzir o consumo desses produtos, o que torna a ingestão de B12 ainda menor.

São raros os pacientes ovolactovegetarianos que atendo com níveis adequados de B12, após anos de dieta vegetariana.

E mesmo ingerindo até mais que o preconizado (2,4 mcg), você pode ter deficiência, pois essa vitamina depende muito mais do funcionamento do nosso organismo do que da quantidade que ingerimos.

Não complique! Dose a B12 no sangue!

A biodisponibilidade da vitamina B12 nos alimentos

De forma geral, a quantidade de B12 que conseguimos absorver dos seguintes “alimentos” é a seguinte:

Alimento/ Biodisponibilidade da B12 (%)
Carne vermelha  56 a 77
Peixe 42
Frango 61 a 66
Leite 65
Ovos menos do que 9
O teor de B12 nesses alimentos é variável (veja a tabela no meu livro: Alimentação sem carne – guia prático; na página 61)


15)    Tratamento da deficiência

Para elevar os níveis de B12 no organismo e assim tratar a deficiência há algumas possibilidades:

15.1-    Forma injetável

Eu já utilizei muito essa forma de correção, raramente utilizo atualmente, pois a via oral (desde que em dose adequada e por período adequado), é muito mais eficiente e fisiológica para essa correção.  Eu não sugiro mais essa forma de correção.

Essa forma de tratamento (via injetável) é a mais antiga e mais conhecida pelos médicos. Sendo assim, é a mais utilizada e divulgada.

A quantidade de aplicações, a sua freqüência e a dose de B12 em cada aplicação deve ser levada em consideração de acordo com as características da pessoa tratada e da sua evolução frente às aplicações.

2- Via oral

A via oral também pode ser utilizada para tratar a deficiência, desde que o seu médico saiba prescrever a quantidade e freqüência necessária para tratá-la.

Essa forma de correção pode ser muito segura. É a que tenho recomendado.

PERGUNTAS FREQÜENTES

16)    Por que antes as pessoas não falavam da deficiência de vitamina B12? Essa descoberta é recente?

Os maiores estudos científicos com populações vegetarianas começaram a ser publicados na década de 70. Esses estudos começaram a demonstrar que os vegetarianos tinham baixa ingestão de B12 (no caso dos ovolactovegetarianos) ou nula (no caso dos veganos).

Em novembro de 1993, o parecer oficial da Associação Dietética Americana já recomendava, explicitamente, que os vegetarianos fizessem a suplementação dessa vitamina.

Portanto essa recomendação é antiga e já adotada pelo menos desde 1993.

17)    Conseguíamos B12 do solo e da pouca higiene dos alimentos na antiguidade?

Provavelmente, e historicamente não. Não vou entrar em aspectos religiosos da existência humana, mas apenas em questões históricas.

Há mais de 3 milhões de anos existiu um hominídeo que chamamos Paranthropus bosei . Segundo suas características fósseis eram vegetarianos.

Esse hominídeo não era exatamente como nós, e se alimentavam de partes dos vegetais que nós hoje não conseguimos. Eles foram dizimados na era das glaciações, pois houve escassez de alimentos vegetais.

Todos os demais hominídeos, incluindo os nossos descentes, eram onívoros. Eles comiam carne e não era pouca.

A idéia do ser humano antigo numa vida completamente harmônica com a natureza não encontra respaldo em inúmeras pesquisas. A vida era bem selvagem (talvez não menos, mas uma forma diferente da que é hoje). A história da medicina e nutrição mostra claramente as inúmeras carências nutricionais que sempre existiram, mas que não eram diagnosticadas por falta de conhecimento na época. As descobertas vieram aos poucos, como é de se esperar.

Os nossos remotos ancestrais conseguiam a B12 provavelmente porque comiam carne.

18)    Se precisamos suplementar a vitamina B12 quer dizer que a dieta vegetariana não é adequada ao ser humano?

Não, não quer dizer isso.

Em diversos ciclos da vida e condições orgânicas pode ser necessário o uso de suplementos. Isso pode ocorrer por baixa ingestão dos alimentos ou nutrientes, por dificuldade de retirarmos o nutriente do alimento ou por problemas no organismo que fazem com que a sua absorção, utilização ou perda seja comprometida.

Todas as descrições que farei agora são para as pessoas onívoras.

Como exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças, dos 6 meses aos 2 anos de idade, recebam suplementação de ferro, frente ao elevado índice de anemia nesse período. É estimado que metade das crianças com menos de 5 anos e 1/3 das gestantes no Brasil tenham carência de ferro.

A suplementação com ácido fólico é feita para mulheres que querem engravidar. Diversos obstetras prescrevem rotineiramente suplementações vitamínicas e minerais para gestantes. A gestação exige aporte de ferro extra, com suplementação.

O Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda que as pessoas com mais de 50 anos de idade utilizem suplementos de B12, pois pelo menos 30% dessa população mostra deficiência dessa vitamina.

O iodo é adicionado ao sal que consumimos, para que esse mineral chegue a pessoas que moram em regiões distantes do mar. A sua falta causa sérios problemas mentais em crianças (cretinismo), além de dificuldade de produção de hormônio da glândula tireóide.

A fortificação das farinhas com ferro e ácido fólico não visa atingir os vegetarianos, mas sim a população onívora.
Como você pode notar, mesmo os onívoros estão sujeitos a diversas deficiências nutricionais.

O fato que incomoda alguns profissionais de saúde é o fato de que mesmo com uma dieta bem balanceada, uma dieta vegana não supre todos os nutrientes (por causa da B12).

No entanto, assim como o ferro, a B12 depende muito mais do nosso metabolismo, do que da quantidade que ingerimos. Enquanto 50% dos vegetarianos apresentam deficiência de B12, isso ocorre com 40% dos onívoros da América Latina. Veja que a diferença é pequena!

19)    Há pessoa que são vegetarianos há anos e não têm sintomas de deficiência de vitamina B12. Como explicar isso?

O nosso organismo pode estocar a B12 por muitos anos.

Uma pessoa com bom estoque de B12 precisa absorver, diariamente, 1 mcg de vitamina B12 proveniente da dieta para manter os bons níveis dela.

Por meio da secreção biliar, 1 a 10 mcg de vitamina B12 são lançados diariamente no intestino e ela pode retornar para o sangue após ser absorvida.

Assim, conseguimos “reciclá-la” evitando a sua perda intestinal por meio desse ciclo que chamamos êntero-hepático (do intestino para o fígado). No entanto, mesmo com esse ciclo preservado, pequenas perdas de B12 para as fezes ocorrem e os seus níveis sanguíneos são reduzidos. Assim, quem não ingere B12, vai perdendo gradativamente a que tem no organismo.

Existe a possibilidade do indivíduo excretar muito pouca B12 pelas vias biliares ao intestino e reabsorvê-la com muita eficiência, fazendo com que mantenha a B12 no organismo facilmente. São poucos os indivíduos com essa habilidade.

Pessoas que são vegetarianas há muito tempo podem não ter sintomas de deficiência, mas costumam apresentar níveis baixos dela. Com isso, compostos que dependem da B12 para serem metabolizados ficam alterados e isso é nocivo para a saúde.

Lembre-se que diversas alterações orgânicas são assintomáticas, mesmo sendo nocivas. Para ilustrar, o colesterol elevado não traz sintomas, assim como o início de problemas renais e hepáticos também não. Muitos órgãos no nosso corpo “avisam” que estão com problemas apenas quando o seu comprometimento limita 70 a 80% das suas funções. A sua artéria carótida (que fica no pescoço e leva sangue ao cérebro) pode ter uma obstrução (entupimento) de mais de 50% e não trazer sintoma algum.

Não é prudente aguardar os sintomas aparecerem para verificar o que ocorre. Um bom profissional de saúde está apto a fazer uma avaliação para verificar como está a sua saúde.

Na minha experiência profissional, vejo que praticamente todos os indivíduos com níveis baixos de B12 têm sintomas, mas esses sintomas não são atribuídos à falta de B12 até que seja mostrado à pessoa que não é normal sentir o que ela sente. Esses sintomas desaparecem ao utilizar a B12.

20)    Só após 5 anos de dieta vegetariana devo começar a me preocupar com a B12?

Claro que não! Essa idéia surge pelo fato de podermos estocar a B12 e o estoque ser possível para o seu uso por 3 a 5 anos.

Preste bem atenção: a matemática nem sempre serve para as ciências biológicas. E nesse caso, definitivamente, não serve!

O cálculo do estoque que dura 5 anos é teórico. Além disso ele parte do princípio que o estoque está cheio no momento que a pessoa se torna vegetariana. Ledo engano!

Tenho pacientes, vegetarianos há 1 mês, com deficiência de B12. Claramente o problema não é devido à dieta vegetariana, pois o tempo de prática dela não seria suficiente para isso. Há fatores orgânicos e dietéticos que influenciam o estoque de B12.

Portanto, vegetariano ou não, você deve avaliar a B12 desde já. Todo profissional que recebe no consultório alguém que tem e intenção de se tornar, ou que já é vegetariano, deve dosar os níveis de B12 dessa pessoa imediatamente, não importando o tempo e o tipo de dieta seguida.

Todo profissional que acompanha vegetarianos deve solicitar a dosagem de B12 na primeira consulta, independente da pessoa ter sintomas ou do tempo que é vegetariana.

Não falo isso apenas baseado em estudos publicados, mas sim pela experiência em consultório. Tem muito vegetariano com baixos níveis de B12! E da mesma forma, muitos onívoros com carência dela!

21)    Ciência e espiritualidade

Não existe diferença entre ciência e espiritualidade.

Ciência é um conjunto de métodos lógicos que permitem a observação sistemática de fenômenos empíricos visando a sua compreensão. A idéia de buscar uma explicação satisfatória que demonstre o funcionamento das leis físicas e divinas não exclui a rejeição do “sobrenatural”. No entanto, esse “sobrenatural” também tem regras que devem ser descobertas.

Se alguém diz que consegue materializar a B12 no seu próprio organismo sem ingeri-la, e após análise verificamos que realmente isso ocorre é porque há leis para isso. Essa pessoa tem algo diferente que permite isso. A ciência simplesmente vai investigar, sem preconceitos, como isso pode ocorrer.

Um pesquisador que utiliza animais em experimentos está tentando fazer ciência, da mesma forma que outro que repudia essa atitude. Ambos estão atrás de respostas, mas com conceitos éticos completamente divergentes. Não confunda: ciência busca explicações. O ser humano é que escolhe como fazer isso: de forma ética ou não.

Podemos aplicar a ciência em todas áreas da nossa vida, desde os relacionamentos humanos, nas áreas mais técnicas da biologia e das ciências exatas, assim como nas religiões e filosofias espiritualistas.

A ciência e a espiritualidade devem chegar ao mesmo consenso. Quando isso não ocorre é porque uma delas, ou ambas, ainda não conseguiu decifrar as leis de funcionamento da vida.

Cuidado com o ser humano: gostamos de ouvir aquilo que gostamos de ouvir. Sem imparcialidade não há condições de um julgamento adequado.

Quem defende um ponto de vista de forma parcial não pode ter uma visão ética dos seus propósitos. Não são as leis divinas que têm que se adaptar às nossas convicções, mas sim as nossas impressões se ajustarem às leis divinas após exaustivas verificações com olhar não tendencioso.

Seja neutro nas suas avaliações e confira os resultados com a prática.

Seja qual for a filosofia que você segue, não descuide da B12, pois ela é um fator de atenção nas dietas vegetarianas e não vegetarianas.

22) De onde vem a B12 utilizada nos suplemento?

A B12 é proveniente de cultura de bactérias em laboratório.

Preste atenção se você for utilizar produtos comprados em farmácias, pois alguns deles podem conter alguns derivados animais. O fato é que a B12 provém de bactérias.

23) Algas, alimentos fermentados e o levedo de cerveja contém B12?

Nenhum desses alimentos podem ser considerados fontes seguras de B12. Apesar de algas e alimentos fermentados, como o missô, poderem apresentar pequenas quantidades de vitamina B12, ela é considerada uma forma inativa da vitamina, não sendo adequada aos seres humanos.

Muitas algas necessitam de B12 para o seu desenvolvimento e metabolismo e, por um processo simbiótico com bactérias (que são as produtoras de B12), incorporam essa vitamina. As algas Nori e Chorella são as que apresentam teor mais elevado. No entanto, nenhuma delas, até o momento, se mostrou adequada para corrigir os baixos níveis de B12 apresentados em humanos que se submeteram a testes de correção ingerindo essas algas.

Portanto, nenhuma alga deve ser consumida com o intuito de obtenção de vitamina B12. Não se arrisque!!

24) Consumo ovos, derivados de leite e alimentos fortificados. Devo me preocupar com a B12?

Sim, deve! Apesar de esses produtos conterem B12, a quantidade necessária para a manutenção do organismo, via de regra, não é mantida a longo prazo. São inúmeros os pacientes ovo-lactovegetarianos que atendo com baixos níveis de B12. Apesar desses indivíduos ingerirem B12, e o decaimento teórico dela no sangue ser mais lento do que o dos veganos, a longo prazo costuma haver redução dos níveis sanguíneos.

25) Posso utilizar a B12 sem saber como está o seu nível no meu organismo?

Como não há relato de efeitos tóxicos por excesso de B12 na literatura científica, podemos considerar que ela é uma vitamina bastante segura (quanto a toxicidade) para uso, mesmo se você estiver com bons níveis no sangue.

No entanto, seu uso sem correta avaliação pode causar consumo metabólico de outros elementos no organismo.

A importância de saber como estão os seus níveis sanguíneos se faz para a definição da conduta terapêutica (tratar a deficiência ou fazer apenas a manutenção), assim como para saber se outros cuidados devem ser tomados em conjunto.

26) Devo utilizar a B12 proveniente de farmácia de manipulação ou das indústrias farmacêuticas?

Para se utilizar qualquer produto proveniente de farmácias de manipulação deve-se ter o cuidado de conhecer bem a farmácia e a qualidade dos insumos que ela trabalha.

Os produtos provenientes de grandes marcas da indústria farmacêutica costumam ser confiáveis.

27) Quais os cuidados que devemos ter na gestação e infância com relação à B12?

Nesses ciclos da vida sempre é recomendada a suplementação de B12, independente do indivíduo consumir ovos ou laticínios.

Para bebês e crianças costumo prescreve-la na forma de xarope.

É importante realizar a dosagem de B12 para todas as gestantes e bebês.

Mulheres, vegetarianas ou não, que pretendem engravidar devem, obrigatoriamente, avaliar a B12. A vitamina B12 tem a mesma importância que o Ácido Fólico para a formação do bebê.

Gestantes e crianças: toda a atenção deve ser tomada com relação à B12.

28) O consumo de carne garante um bom estado nutricional de vitamina B12?

Não, não garante!

Tanto é que 40% das pessoas que comem carne têm carência dessa vitamina, enquanto que isso ocorre com 50% dos vegetarianos. Veja que a diferença é pequena.

29) Por que podemos ingerir boa quantidade de B12 e mesmo assim ter deficiência?

Porque ela depende mais do seu metabolismo do que da sua dieta.

Há 2 formas principais para perdermos a B12 que está no nosso organismo.

Uma delas é pelo processo de reciclagem intestinal que todos nós temos (tecnicamente chamamos isso de ciclo êntero-hepático). Nossa vesícula biliar pode lançar até 10 mcg por dia de vitamina B12 no intestino. O intestino procura colocá-la de volta no sangue. Essa quantidade lançada ao intestino e a habilidade dele reabsorver a vitamina é variável de pessoa para pessoa. Uma dieta rica em carnes, queijo e ovos (fontes de B12) dificilmente conseguirá atingir 7 mcg. Isso significa que pode haver mais perda pelas fezes do que a pessoa consegue ingerir.

30) Minha recomendação

Dose sempre a B12 no sangue. Esse exame deve fazer parte de qualquer avaliação nutrológica.

As doses para correção ou manutenção são variáveis e não é possível estabelecer uma dose padrão para todas as pessoas.

Fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br/nutrientes/diagnostico-da-deficiencia-de-b12